Julgamento: Dono da Discoteca W-Club nega ser traficante de droga em Angola

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O julgamento do Waldir Carvalho, tido pelas autoridades como o “barão da droga” em Luanda, arrancou esta terça-feira, 29 de Julho, na Sala de Audiências da 7.ª secção criminal do Tribunal Provincial de Luanda, com a leitura da pronuncia e as alegações finais, que antecederam ao interrogatório do arguido e de um dos declarantes.

Fonte: Club-K/RA

No banco dos réus, Waldir Egberto José Carlos, empresário e dono da discoteca W-Club é suspeito pelos crimes de associação criminosa e de tráfico, ambos puníveis até 12 anos de cadeia que se prove as acusações.

Carlos assumiu, em sede de julgamento, que as 201 gramas de cocaínas apreendidas no seu gabinete era para consumo próprio e não para venda, assim que rejeitou ser líder de uma suposta quadrilha que o Ministério Público relata nos despachos de pronúncia.

Apesar do juiz da causa, José Sequeira Lopes, ter retirado os crimes de associação criminosa e tráfico de droga, por não se provar tais acusações, na leitura das alegações finais, o representante do Ministério Público, Alberto dos Prazeres Guimarães, pediu que o réu seja condenado por porte e uso de cocaína.

Advogado pede penalização aos agentes do SIC

José Carlos, advogado de Waldir Carlos, exigiu que as pessoas que trabalharam no processo do seu constituinte devem ser penalizadas, por entender, que os agentes de diligências do Serviço de Investigação Criminal (SIC) enganaram o Estado angolano e a sociedade.

“Não é possível criar um processo com toda essa rotulagem e agora que vamos para discussão não há nada nos altos. E as pessoas que trabalharam nele não viram nada e não se lembra também de nada. Isso é brincar com vida e a liberdade das pessoas”, disse enfurecido o advogado.

José Carlos acredita que, neste processo já aconteceu uma grande irregularidade que foi a rejeição do recurso sobre o despacho de pronúncia do Tribunal Supremo.

Para ele, a rejeição não é justiça, mas sim, um atentado ao Estado de direito e democrático, ainda assim, tem fé que desta vez se fará justiça, porque, literalmente o Estado angolano foi aldrabado.

Waldir queixa-se de maus-tratos na cadeia

O réu Waldir Egberto Carlos queixou-se à margem do julgamento que tem sido tortura e que tem sido tratado com indiferença, visto que processo se encontra em tribunal.

O réu diz, por outro lado, que está a mais de vinte dias numa cela disciplinar e sem condições na Comarca de Viana sem razões aparente, daí que questiona o tratamento desprezível que supostamente lhe é dado naquele estabelecimento prisional.

Oiça acima desta matéria as declarações do advogado, José Carlos e do seu constituinte, Waldir Egberto:

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