Luanda: Camponeses da empresa “Konda Marta” protestam na sexta-feira defronte ao Governo Provincial

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Dezenas de camponeses agendaram para esta sexta-feira, 7, uma manifestação na sede do Governo Provincial de Luanda (GPL), contra ocupação ilegal das suas parcelas de terra por supostos oficiais da Polícia Nacional (PN), Forças Armadas Angolanas (FAA) e altos funcionários das administrações municipais.

A manifestação que tinha sido convocada para o sábado, 24 de Junho e na semana seguinte, mas que foi inviabilizada pelas autoridades da capital, foi remarcada para sexta-feira, cujas autoridades, segundo os organizadores já foram comunicadas em obediência à Lei das Manifestações.

Segundo apurou o Club-K, são camponeses dos Distritos Urbanos do Patriota, da Cidade Universitária, no município de Talatona, Belas, e os desalojados do perímetro do novo Aeroporto Internacional de Luanda “DR. António Agostinho Neto”, no Icolo e Bengo, que dizem sentir diariamente a violação dos seus direitos por parte de quem os devia garantir.

As figuras mais citadas pelas vítimas têm sido o subcomissário da Polícia Nacional, Joaquim do Rosário, comandante municipal do Talatona, tenente general Rui Ferreira, comandante da Região Militar de Luanda e do administrador, Rui Duarte, segundo disseram, usam o nome e instituições do Estado para benefício próprio.

O empresário Daniel Neto, porta-voz dos camponeses, disse que, para essa manifestação, são esperadas centenas de camponesas em Luanda vítimas de alegada expropriação de terrenos.

Os camponeses da zona de 11 de Novembro, por exemplo, reclamam que, o comandante de Talatona, Joaquim do Rosário terá destacado num terreno de mais de 60 hectares, um aparato policial para proteger a vedação do espaço de camponeses localizado no Camama junto ao supermercado Kibabo, com vista a permitir a conclusão das obras do terreno “vendido a um cidadão chinês”.

Daniel apelou à participação de todas as camponesas vítimas de expropriação indevida, membros da sociedade civil, zungueiras e todos aqueles que se sentem injustiçados por este governo.

Recentemente, uma comitiva de camponeses acompanhados do seu advogado Salvador Freire dirigiu-se ao Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional (CPLPN), onde remeteu um ofício do comandante de Luanda sobre a presença de efectivos armados no terreno das camponesas no 11 de Novembro, pois as vítimas entendem que as autoridades estão a ser enganados dando protecção de um espaço em litígio com a finalidade de beneficiar um grupo que usa o poder da poder da força (PN, SIC, PGR e Administração).

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