Benguela: Estudantes do ISPCB manifestam-se descontentes com não legalização de sete cursos na Universidade Católica
Dezenas de estudantes do ensino superior protestaram na última semana, na cidade de Benguela, contra o não reconhecimento de alguns cursos da Universidade Católica de Angola pelo Ministério do Ensino Superior (MES).
*Faustino Dumbo|Lobito
Trata-se dos cursos de Ensino Primário, Língua Portuguesa, História, Geografia, Biologia, Língua Inglesa e Pedagogia, do Instituto Superior Politécnico Católica de Benguela (ISPCB).
Durante o protesto na manhã de sábado, 18, os estudantes do ISPCB, que exibiram vários cartazes com mensagens de repúdio à medida do Ministério do Ensino Superior, afirmaram que “somos vítimas e fomos enganados pela instituição”.
A Rádio Angola apurou que são no total sete cursos que não foram aprovados pelo ministério de tutela, pelo que aqueles estudantes apelam à “clemência” da ministra do Ensino Superior.
Roberto Filipe, estudante Instituto Superior Politécnico Católica de Benguela (ISPCB), disse que “há duas semanas, a Universidade Católica onde faço parte, os reitores informaram que o Ministério do Ensino Superior cancelou os cursos porque não estão devidamente legalizados”.
O secretário do Estado para área do Ensino Superior, Eugénio Silva, alegou que a instituição privada não cumpriu com as Leis do acesso do Ensino Superior, que “é realização de teste de ingresso ao ensino superior, “neste caso que é laborado pelo Ministério”, disse.
“A Universidade elaborou provas da sua maneira, isso, não nos foi permitido, ou seja, não fomos considerados como estudante do ensino superior”, lamentou.
Na segunda-feira, 20, decorreu uma reunião onde foram ouvidos os posicionamentos das duas (instituição e os estudantes), o instituto orientou que os estudantes mudassem de cursos, caso contrário será feito o reembolso dos valores das propinas.
Entretanto, as “vítimas” dizem querer “uma negociação entre a instituição, o Ministério e os estudantes, na espectativa de que se possam regularizar os cursos para seguirem com a sua formação normal.
“Escrevemos uma carta de clemência à ministra do Ensino Superior para que olhe para nós como seus filhos, porque nós fomos vítimas. Nós temos que gozar dos mesmos direitos como os outros estudantes. Ou então, legalizem os cursos ou nos transfiram para outra instituição superior que lecionam os mesmos cursos, e não importa se vamos fazer prova de admissão”, afirmam os estudantes.