Activista Jordan Muacabinza espancado por agente do SIC em Cafunfo
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Um investigador do SIC (Serviço de Investigação Criminal), na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, na Lunda-Norte, identificado por Domingos José “Vadinho” está a ser acusado de ter espancado o activista dos direitos humanos, Jordan Muacabinza, alegadamente por pretender saber das causa e circunstâncias da morte de um cidadão, cujo corpo tinha sido abandonado num matagal.
O também colaborador d Rádio Angola na região do Cuango, disse a este portal que a atitude do agente “Vadinho” violou os seus direitos enquanto activista e exige que aquele operativo da polícia seja responsabilizado pelo crime de agressão.
O activista acusa o agente em causa de estar na origem de outros crimes contra cidadãos na região, incluindo membros da sua família.
“Enquanto fotografava o cadáver fui surpreendido com uma chapada às costas e outras duas na cara. Ele disse que não se importava com o facto de eu ser defensor dos direitos humanos”, contou Muacabinza.
Jordan Muacabinza revelou que, o agente em causa “é reincidente em práticas que violam os direitos humanos” e apontou que, pesa sobre o agente Domingos José “Vadinho” vários actos criminosos, entre os quais em 2005 disparou contra uma mãe com um bebé ao colo – familiares do activista, e que o homem do SIC não foi responsabilizado.
Entretanto, em declarações à Voz de América, o responsável pelo SIC de Cafunfo, Domingos Dalila, disse que a agressão ao activista deveu-se ao facto de este ter violado um espaço classificado como “local do crime” e que estava devidamente vedado e isolado pelos agentes de investigação criminal.
“Eles violaram a vedação, pegaram no corpo e o senhor pisou o espaço à volta do cadáver. Mataram todas as evidências”, disse o investigador criminal.
A região do Cafunfo foi palco em Janeiro de 2021 de confrontos entre a polícia e populares que pretendiam se manifestar contra a carestia de vida e o suposto abandono da região pelo Governo provincial.
O incidente resultou na morte de várias pessoas cujos números exactos nunca foram revelados pelas autoridades angolanas.