Activista do “Projecto Okulinga” tenciona candidatar-se nas Autarquias Locais na Matala

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A associação cívica “Projecto Okulinga” está a criar as condições necessárias, para no momento oportuno, apresentar o seu candidato às primeiras Eleições Autárquicas em Angola, que podem ser realizadas ainda em 2020, apesar da pandemia da COVID-19.

Rádio Angola

Criado em 2017, o “Projecto Okulinga” assume como defensora dos mais desfavorecidos e a forma constitucional de grupos de cidadãos eleitores, que têm como fim, a valorização da cidadania para o progresso das comunidades, bem como a defesa dos interesses da comunidade, facto que motiva a sua inserção no grupo de “jovens pelas Autarquias Locais”.

O “Projecto Okulinga”, que admite o apoio da população local, revela publicamente que, quando forem convocadas as Eleições Autárquicas, a associação defensora dos direitos humanos na província da Huíla, mais concretamente no município da Matala, vai apresentar como seu “cabeça-de-lista”, o jovem Jesus Miguel Barros Domingos, 22 anos, coordenador do “Projecto Okulinga”.

“A nossa candidatura representa esperança, mudança e transformação, porque o município da Matala é dirigido pelo actual Administrador, que ao mesmo tempo acumula as funções de 1º secretário do MPLA como se fosse um curral”, disse o aspirante às autarquias locais.

Segundo Jesus Domingos, o actual modelo de governação “faliu”, pois, no seu entender “não se estimula o desenvolvimento agrícola, uma vez que, as máquinas que gastaram dinheiro do erário não funcionam e isso retrocede a Matala como o município industrial”, disse.

Para o activista, as condições sociais dos munícipes degradam-se cada vez mais. “Falta de saúde, saneamento básico e requalificação de algumas vias terciárias e secundárias para permitir o escoamento de produtos e assim, permitir a troca, não há”.

Jesus Domingos disse igualmente que, “se o Projecto Okulinga não se candidatar nas eleições autárquicas, os partidos políticos jamais vão ouvir a sociedade, porque não se faz sentir uma administração participativa”.

“Não existe realização das comunidades, não há promoção de empregos e para piorar, os concursos públicos de ingresso na função pública não são transparentes, o que não ajuda pelo que precisamos um município onde a cidadania seja um facto”, considerou o activista.

O cidadão Miúdo Tchitala entende que, com a realização das Autarquias Locais, o poder tradicional será respeitado e valorizado, onde a cultura será a manifestação dos sentimentos dos povos, pois, disse, “um povo que não valoriza a sua cultura perde-se no tempo e no espaço, entretanto, para resolver estes e outros problemas, só à candidatura do Projecto Okulinga é que irá resolver”.

Já, Paulo Dias refere que, a implementação das eleições autárquicas poderá permitir o avanço da economia e melhorar a qualidade de vida dos vendedores dos mercados informais.

“Será salvaguardada e melhorada, bem como outras condições, o que vai permitir a diversificação da economia, diminuir a delinquência, investir em projectos claros, eficientes e transparentes, para que o município da Matala se desenvolva”.

O Município da Matala é o segundo maior Município da província da Huíla, depois do Lubango, com uma extensão territorial de mais de 900 mil km2 e possui mais de 850 mil habitantes.

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