Vendedores em Cafunfo reclamam falta de mercados organizados para vendas

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Não se pode falar de comércio rural em Angola sem mencionar o sector informal, que continua a dispor de importante peso na comercialização dos produtos agrícolas, pecuniários e artesanais, que visa consequentemente no crescimento da economia nacional, pois, os mercados informais em Angola, constituem a par da venda ambulante, um espaço onde centra o maior número de agentes, que procuram encontrar ocupação e rendimentos que contribuem para a subsistência das respectivas famílias.

Jordan Muacabinza | Cafunfo
Fonte: Rádio Angola

Para contestar a falta de mercados organizado na vial diamantífera de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte, centenas de mulheres dirigiram numa marcha até à administração local, na Rua da Escola Deolinda Rodrigues, para exigirem o fim da corrida constante que têm sofrido por parte dos fiscais e agentes da polícia.

Os vendedores ambulantes que dependem do trabalho para o sustento das suas famílias, reclamam que, os efectivos de defesa e segurança, os impede de exercer a sua actividade ambulante a pretexto da pandemia da Covid-19, que segundo os vendedores veio agravar a condição social das famílias em Cafunfo.

“A fome, miséria, pobreza têm vindo aumentar cada vez mais”, disse uma das vendedeiras ouvida pela Rádio Angola.

Eva Manuel disse que os vendedores “têm passado muito mal, pois, todos os dias somos escorraçadas pelos fiscais, assim como a polícia, onde é que vamos tirar alimentos para dar sustento aos nossos filhos, e nossos maridos não trabalham, a venda que estamos a efectuar é que da sustento nos nossos maridos e filhos, quando viemos para vender nessa pracinha de candeeiro somos batidas e deitam o que estamos a vende”, lamentou.

Por sua vez, Anastácia Muambongue referiu que por falta de mercados organizados na vila de Cafunfo, “nos obriga a vender nas ruas, mesmo sabendo que corremos riscos, mas aguentamos é porque não existe lugares indicado para fim de estarmos a vender a vontade”.

Disse que “cabe a administração local criar mecanismos de nos mostrar onde estaremos a vender, por isso, quando fomos corrido, pelos fiscais e a polícia, resolvemos em nos dirigir até administração local e a polícia, com nossas bagagens de fardo, nossos peixes, entre outros bens essenciais pela cabeça, para reclamarmos ao governo para que nos mostre o lugar certo onde estaremos a efectuar normalmente as nossas vendas”, disse acrescentando, que “todos dias nós pagamos aos fiscais, e não tem qualquer vendedeira assim como qualquer comerciante, que não paga aos fiscais nesses mercados paralelos”.

Para algumas vendedeira é fundamental que o governo fomentem políticas de curto e médio prazo, que incentivem a administração local a criar mercados municipais, comunais para evitar a venda de produtos alimentar em locais impróprios.

A vila de Cafunfo, é a primeira Praça depois de Lukapa ao nível da província da Lunda-Norte, e desde a reposição da administração em 1997, Cafunfo, segundo a população, nunca teve mercados organizados em todos consulado dos mais de dez administradores que já lá passaram no município do Cuango.

“Neste município não há sequer um com a visão de criar mercados permanentes, cada um luta para seu próprio bolso, prejudicando assim o governo, e não só, alguns desses mercados estavam em nome dos familiares de alta patente da província, outros eram para amantes, em fim”, afirmou o ancião Samuel Satxata.

Adriana Almeida Mendes apelou ao atual administrador municipal do Cuango, Gastão Kahata, no sentido de criar mecanismos ao nível do município, particularmente em Cafunfo, com vista “a facilitar a comercialização de produtos agrícolas, pecuários, artesanais, entre outros bens da primeira necessidade, é com esses métodos que levaremos a cabo para impedir a venda de alimentos nos lugares impróprios”.

Outro problema tem se verificado que, a maioria de vendedeira, tem comercializado produtos alimentar, por cima de papéis de frango e de peixe, outros utilizam banheiras, e no chão onde têm pousado os alimentos contendo lixo.

Outras vendedeiras utilizam ainda caixas térmicas para pousar peixe, coxas de frango, frangos e outros alimentos, e nesses lugares com descartáveis de bebés vindo com a correnteza das chuvas, e nessa época do cacimbo, muitos papéis e descartáveis sobrevoam.

Enquanto isso, na vila de Cafunfo, os produtores, comerciantes, vendedeiras queixam-se de aumento de preços dos principais produtos da cesta básica, porque de acordo com os populares, a maioria dos comerciantes reclama da falta de infraestruturas rodoviárias, que para eles, condiciona a mobilidade dos veículos para o transporte de mercadorias.

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