UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO FAZ “VIDA CARA” A ACTIVISTA

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Quatro meses depois da entrega do trabalho de fim do curso, activista Hitler Samussuku continua a aguardar pela defesa do seu trabalho sem data marcada.

O estudante e activista Hitler Samussuku entrou na Universidade Agostinho Neto em 2012 por intermédio de exame de admissão ao curso de Ciência Política na faculdade de Ciências Sociais. Em 2015 estava a fazer o último ano do curso quando ficou interrompido por causa da detenção no que ficou conhecido como o «Caso 15+2». Na altura, o activista era o delegado de turma e muito referenciado pelos professores e pelos colegas.

Em 2017 o activista retomou à faculdade e concluiu com sucesso o último ano. Em 2018 começou a elaborar o seu trabalho de fim do curso para a defesa final. Desde o mês de Agosto que foi apresentado ao departamento de Ciência Política até ao momento “continua nos segredos das ordens superiores a data para a sua defesa”.

A mesa para avaliar o activista foi cuidadosamente formada com motivações políticas. João Pinto, deputado do MPLA, foi colocado como o presidente da mesa, e Verissimo Gilberto, general afecto aos serviços de segurança (SINSE), foi constituído primeiro vogal. De acordo com o activista, a mesa de jurado não lhe representa nenhuma intimidação, mas o que lhe deixa desmoralizado é o tempo em que os mesmos não se pronunciam para a data da defesa.

“O mais preocupante é que não há perspectivas”, disse, o que leva o estudante a concluir que está a ser vítima de uma tortura psicológica, vingança por parte do MPLA pela forma como se posicionou ao longo dos anos de formação.

De realçar que Hitler Samussuku está nesses dias em estreia na página web da União Europeia (#EU4HumanRights, #Standup4humanrights 70 anos da declaração universal dos Direitos Humanos) como defensor dos Direitos Humanos.

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