Trabalhadores sem salários processam “OneFarma”

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Seis trabalhadores afectos à empresa “OneFarma”, uma rede de farmácia vocacionada à venda a retalho de medicamentos denunciam que estão há mais de cinco meses sem receber os seus ordenados, pelo que, devido à “insensibilidade” do dono da empresa, os trabalhadores decidiram levar o caso as barras do tribunal para verem resolvido o caso.

Rádio Angola

A empresa fica localizada no Distrito Urbano do Benfica, na zona da via expressa, em Luanda. O proprietário da “Onefarma”, Quinixi Filipe Cassombe é um funcionário sénior do Tribunal Contas há vários anos, no Departamento de Auditoria.

Aqueles trabalhadores que afirmam enfrentar muitas dificuldades para o sustento das famílias em consequência dos atrasos salariais, não entendem o comportamento de um técnico do Tribunal de Contas, “que tem exigido a transparência na gestão da coisa pública e não consegue ser honesto com os seus funcionários”.

Entre os seis trabalhadores, que devido ao estado de saturação decidiram abandonar a empresa, consta João Malanga, que há cinco anos trabalha na instituição, mas que está há mais de um ano, que não “vê a cor do dinheiro” e sublinhou que não percebe o “comportamento discriminatório” do dono da empresa contra a sua pessoa.

Os seus colegas, num total de cinco, dos dez e oitos meses de salários em atraso, o gestor da empresa, Quinixi Filipe Kassombe terá feito o pagamento de quatro e cinco meses, “mas a mim não pagou”, lamentou.

Disse que sempre foi um “trabalhador exemplar no cumprimento das obrigações” e nunca teve “qualquer divergência com o titular da Onefarma”.

Gomes Mateus Bula, técnico de farmácia da “Onefarma”, disse o responsável “não dialoga com os trabalhadores para justificar os constantes atrasos salariais”, referiu, acrescentando que “não manifesta interesse para negociar e sempre que faz o pagamento dos meses em atraso, comunica ao seu irmão e este sua vez liga para os trabalhadores avisando que já há salários”.

Afirmam que já apresentar a situação na Inspecção Geral do Trabalho e estão, no entanto decididos a levar o caso a tribunal.

Durante os últimos anos, Quinixi Filipe Cassombe construiu várias empresas como a “Globomédica” dedicada à venda de material hospitalar, Escola de Condução “Auto Clássica”, Instituto de Formação de Técnico de Saúde “Filipe Mendonça”, bem como a Empresa de Construção Civil “HBC”.

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