Ninguém sabe a origem dos milhões depositados na conta de Edeltrudes Costa – PGR diz não haver sinal de crime

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Por VOA

Permanece rodeada de mistério a origem de 17 milhões de dólares que Edeltrudes Costa, actual chefe de gabinete do Presidente João Lourenço, recebeu durante a Presidência de Eduardo dos Santos.

Costa disse ao jornal que todos os seus rendimentos são claros e legais mas não deu pormenores.

A Procuradoria Geral da República disse que não tem conhecimento de que Edultures Costa tenha cometido qualquer crime, disse uma fonte da procuradoria citada pelo Jornal de Angola.

Uma fonte da Presidência da República contactada pela VOA assegurou não ter havido ainda nenhum pronunciamento por parte do Presidente ou das autoridades sobre as alegações publicadas no jornal português Expresso.

O jornal disse que em Julho de 2013 foram depositados 17,6 milhões de dólares numa sua conta bancárias no Banco Angolano de Investimentos e 17 milhões foram aplicados em “títulos garantidos” daquele banco.

Um mês depois, outros cinco milhões de dólares foram depositados na mesma conta provenientes do empresário Domingos Manuel Inglês e durante esse mês Costa levantou 1,25 milhões de dólares em numerário.

O Expresso disse que Edeltrudes Costa não esclareceu porque é que Domingos Inglês, figura próxima do General “Kopelipa”, transferiu esses cinco milhões de dólares.

Numa declaração ao Expresso, Edeltrudes Costa, embora sem entrar em detalhes, revelou que todos os recursos que recebeu “ tanto no exercício de funções públicas como no exercício da minha actividade profissional ou em resultado de investimentos pontualmente realizados, foram atempadamente declarados e sujeitos a escrutínio pelas autoridades angolanas competentes sendo as minhas fontes de rendimento perfeitamente claras e legais”.

O deputado pela UNITA Nelito Ekuikui defende que João Lourenço deve colocar o seu colaborador “à disposição da justiça”.

O chefe da bancada parlamentar da CASA, Alexandre André, também jurista entende que não é altura para pronunciamentos precipitados que possam pôr em causa a estabilidade das instituições.

“Sabe-se que qualquer um que vem do regime de JES está maculado, não há duvida mas não se deve “varrer” de uma só vez se nao o estado fica de patas pro ar”, disse.

“É preciso alguma cautela e penso ser isso que João Lourenço está a fazer”, acrescentou.

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