Secretário da Juventude do BD detido em Kwanza Norte

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Por VOA

Advogado critica prisão sem notíficação

O secretário nacional da Juventude do Bloco Democrático (BD), Joaquim Lutambi, está detido na província angolana de Kwanza Norte soube a VOA junto de fontes familiares.

Lutambi terá sido detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) depois de uma suposta investigação em que concluiu que ele é o mandante de crimes de queima de mais de 30 carros naquela província registados no mês passado.

As mesmas fontes revelaram que as autoridades apontam Lutambi como “mandante” do crime realizado por um grupo de jovens, mas desconhece-se, por agora, a motivação.

Uma fonte do BD revelou à VOA que Joaquim Lutambi foi ouvido pelo SIC mais uma vez ontem ate às 20 horas e que o partido enviou uma equipa de advogados para acompanhar o caso.

Advogado questiona

Salvador Freire, advogado e presidente da Associação Mãos Livres, que diz ser normal a detenção de qualquer cidadão em qualquer parte do território angolano, desde que para tal, se exiba um madado de captura, questiona a razão da emissão do mandado de capitura contra o jovem se nunca tinha sido notificado a depôr no referido processo.

“Não pode alguém ser detido sem saber por que é que está a ser detido, e se ele está detido é porque há um mandado de captura, no entanto, não entendo porque é que está detido se nunca foi notificado para tal”, questiona Freira.

A VOA contactou o Bloco Democrático e o Serviço de Investigação Criminal que prometeram pronunciar-se a qualquer momento.

As acusações

Em declarações à VOA, na terça-feira, 14, Roberto Zangui, irmão mais velho de Lutambi, apontou o dedo à SIC.

“O que sabemos é que é uma detenção encomendada já que foi levado por agentes da SIC depois de terminar um jogo de futebol no domingo à tarde”, acusa Zangui.

Por seu lado, o porta-voz da delegação do Ministério do Interior em Luanda, Mateus Rodrigues, afirmou ontem não existir qualquer informação sobre o paradeiro do político.

“Temos uma participação do desaparecimento de um cidadão, mas ainda não temos informação sobre a sua localização e tão logo tenhamos alguma informação vamos torná-la pública”, garantiu Rodrigues.

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