“O meu filho foi maltratado pelos agentes da Polícia e do SIC”, denuncia activista

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A activista Laurinda Gouveia denuncia que o seu filho foi submetido aos maus tratos por agentes do SIC durante a sua detenção, quando saíam do Palácio da Justiça, em Luanda, numa tentativa de manifestação que visava exigir a libertação dos quatro activistas presos em Setembro de 2023.

Em declarações à Rádio Angola, Laurinda Gouveia contou em detalhes as circunstâncias da sua detenção em companhia do esposo e filho, tendo revelado que foi raptada e humilhada por efectivos da Polícia Nacional (PN) e do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Laurinda Gouveia garantiu que não leva de ânimo de leve a forma como foi tratado pelos agentes das autoridades, por isso, segundo a activista vai responsabilizar criminalmente os supostos implicados para que o caso não fique impune.

Para a activista, que lembra a Constituição da República, a manifestação é um direito fundamental consagrado da carta magna, pelo que não entende a motivação do regime angolano que “desrespeita a Constituição”.

Após a sua detenção na quinta-feira, passada, a activista Laurinda Gouveia foi conduzida ao Tribunal Provincial de Luanda “Dona Ana Joaquina”, para o julgamento sumário, mas foi absolvida do crime de desobediência à ordem de dispersão.

Laurinda Gouveia foi detida na sequência da tentativa de uma marcha pela liberdade de expressão e liberdade de presos políticos em Angola, em protesto à detenção dos activistas Adolfo Campos, Tanaice Neutro, Gildo das Ruas, “Pensador dos Santos” e a influenciadora digital, Neth Nahara, tendo como ponto de chegada o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, acto que contou com a presença de quatro pessoas.

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