NITO ALVES: “Não devolvem nossos bens porque Angola é Estado-Selvagem”

Compartilhe

775795_lahfxxhxO tribunal Provincial de Luanda, na sua 14ª secção, mantém retidos os bens dos activistas do processo 15+2. Legalmente, o tribunal, na pessoa do juiz da causa, deve devolver os bens imediatamente. Tal não sucedeu. Diante deste facto, os ativistas requereram a intervenção do Tribunal Supremo, que imediatamente autorizou a entrega dos bens há uma semana. Mas o Tribunal de Comarca mantem-se relutante em não devolver os bens.

Sobre este assunto, a Rádio Angola (RA), ouviu um dos integrantes do processo, Manuel Baptista Chivonde Nito Alves.

No entender de Nito Alves, “não nos é dado de volta os nossos bens porque estão a vasculhar ao máximo todos os meios eletrónicos. E a entrega não dependerá da decisão do Tribunal Supremo, mas sim, dos serviços de inteligência. Será General Zé Maria a assinar o documento de entrega. Não é dado de volta os nossos bens, porque isto é um Estado Selvagem”, disse.

Questionado sobre como os serviços de inteligência podem pôr em causa a decisão de um Tribunal Supremo, respondeu: “Em países sérios isto é violação de direitos humanos. Não acontece, mas em Angola não há separação de poderes.”

Fez igualmente um comentário sobre a Amnistia, na qual estão contemplados os activistas deste processo. “Devem amnistiar o juiz irracional Januário Domingos e não [eu e] os meus companheiros inocentes”, afirmou Alves.

Terminou o seu pronunciamento dizendo que não se sente seguro em Angola, mas não teme pela sua vida.

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

Leave a Reply