Luanda acolhe vigília para exigir libertação dos jovens condenados em Malange

Uma vigília com o propósito de exigir a libertação dos três jovens julgados e condenados pelo Tribunal Provincial de Malange, em Abril último, por crime de perturbação dos órgãos de soberania, foi convocada para sábado, 26 de Maio, na porta da Igreja Sagrada Família, em Luanda.

Gonçalves Vieira

Texto de Rádio Angola

A vigília foi convocada por um grupo de activista com vista a protestar à “injustiça” cometida pela justiça angolana contra os jovens, que de acordo com os promotores da vigília, os três cidadãos malanginos condenados a sete meses de prisão efectiva “estavam apenas a exercer os seus”.

Um grupo de activistas em Luanda anuncia para o dia 26 deste mês a realização de uma vigilia na porta da Igreja sagrada familia para exigir a libertação de três homens condenados em abril deste ano, na provincia de Malange, a sete meses de prisão efectiva por perturbação dos órgãos de soberania na sequencia de disturbios a caravana do Vice-Presidente da república no acto central das comemoreações do dia da paz e reconciliação nacional.

Os condenados faziam parte de centenas de manifestantes que, com a chegada à Malange da caravana do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, exigiam a exoneração do Governador provincial Norberto dos Santos “Kwata-Kanawa” a quem acusam de nada fazer para o desenvolvimento da província da palanca negra.

Em declarações à Rádio Angola, o activista Dago Nível, um dos mentores da vigília, disse que os participantes ao evento deverão usar roupas brancas e levar consigo uma vela como forma de repudio a violação do direito a reunião e manifestação consagrados na Constituição da República de Angola.

Por sua vez, o activista David Mendes que igualmente faz parte da organização da vigília, denuncia que os reclusos foram transferidos à Penitenciária da Damba que dista a cinquenta quilômetros do município sede da província de Malange, situação que está a provocar transtornos às famílias que se encontram sem recursos financeiros para visitas frequentes a cadeia.

Oiça aqui na página da Rádio Angola as declarações dos dois activistas: