Líder do Conselho Islâmico de Moçambique em Luanda para trabalho com a comunidade em Angola
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O líder do Conselho Islâmico de Moçambique, Sheikh Mohamed Aminuddin considera o islão uma religião pacífica, de paz, que nada tem a ver com os actos de terrorismo que acontecem ao redor do mundo.
Falando aos órgãos de comunicação social, a sua chegada esta terça-feira, 21, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, para uma visita de trabalho com a comunidade islâmica em Angola, Sheikh Mohamed revelou que, no quadro da responsabilidade social, o Conselho Islâmico pretende implementar vários projectos como escolas, universidades, hospitais e serviços sociais, com vista a satisfação das necessidades das populações do país.
Afirmou que no seu regresso a Angola espera encontrar uma comunidade islâmica crescida do ponto de vista de número e qualitativo, depois de 1983, que veio ao país pela primeira vez.
A sua visita visa criar canais de colaboração entre os muçulmanos, com maior realce, criar uma comunidade islâmica ao nível dos PALOP, “e trabalharmos juntos, com o mesmo objectivo: espalhar a bondade entre as pessoas”.
Disse, por outro lado, que a organização que se vai criar tem como objectivo limpar a imagem negativa que tem sobre o Islão, “propalada por ignorantes. Por não conhecerem a realidade, confundem a fé islâmica com promotores de conflitos”, argumentou.
Em relação ao reconhecimento do Islão em Angola, Mohammad Aminuddin disse que há uma diferença com Moçambique, porque “lá o Islão está muito desenvolvido, por isso, queremos transmitir a nossa experiência aos irmãos angolanos”.
“Em Moçambique temos rádios, escolas, universidades, clínicas. É isso que queremos partilhar com os irmãos angolanos”, disse.
Sheikin garantiu que o reconhecimento do Islão em Angola não depende somente do executivo, mas, “foi-nos garantido por uma entidade do Ministério da Justiça de Angola que o governo está disponível a reconhecer, mas, era necessário mostrar actividades na área social, como estão a fazer aqui em Moçambique”, recordou.
Durante a sua permanência em Angola, o líder do Conselho Islâmico em Moçambique (maior comunidade islâmica entre os países dos PALOP) vai procurar manter encontro com as entidades governamentais.
Constam da agenda de actividades de Sheikin visitas às infrae-struturas do Islão em Luanda, encontro com a classe empresarial, palestras entre outras.
E, o porta-voz do Conselho Islâmico de Moçambique, Suleman Fonseca, que integra a comitiva, disse que se trata de uma visita de intercâmbio com a comunidade em Angola, mas que não descarta a possibilidade de manter encontros com autoridades do país.