Jornalista José Gama questiona ausência dos filhos de JES na comissão criada pelo Governo para exéquias

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A data do funeral de José Eduardo dos Santos, ainda não está decidida, embora o Governo angolano tenha criado uma comissão para as exéquias.

Entretanto, o jornalista, José Gama, que goza de relações com pessoas próximas ao malogrado, questionou a ausência dos filhos do ex-presidente da República, na comissão encarregue de tratar a possível transladação do corpo de José Eduardo dos Santos de Barcelona, Reino de Espanha a Luanda, Angola, assim como realização do seu funeral.

Entretanto, o Presidente João Lourenço apresentou, nesta sexta-feira, 8, garantias públicas às filhas de Eduardo dos Santos sobre a vinda das mesmas a Angola para participarem  nas exéquias do pai, mas segundo Gama, não apresentou  garantias quanto ao regresso das mesmas a Europa.

José Gamara considera ainda pouco sustentada à garantia dada por João Lourenço as filhas de José Eduardo dos Santos para que estas possam regressar a Angola para assistirem ao funeral do pai.

“Nesta comissão inclui também a governadora de Luanda, o que indica que o PR já  escolheu o local para o enterro do seu antecessor, e seguramente ser  consultar as filhas  do malogrado”, disse o jornalista, acrescentando que “o governo escolheu Luanda, mas  ninguém sabe  se de facto  JES  pediu para ser enterrado  na capital de Angola,   outra numa outra  província, no   exterior ou se quisesse ser cremado”.

Para o jornalista José Gama, “só ouvindo os filhos é que poderemos ter as respostas. Porque não ouvir/consultar Coreon-Dú, que se tornara no mais confidente do pai?”, questionou.

José Gama lembrou que “no re-enterro de Jonas Savimbi, os filhos foram chamados, consultados e incluídos na comissão das exéquias, porque no caso de José Eduardo dos Santos, não se proceder da mesma  fazer a mesma forma, da  mesma dimensão e espírito de reconciliação”.

“De contrario vai parecer que até na hora da morte de JES, o governo envolveu-se numa  concorrência com as filhas, impondo a sua própria vontade”, referiu.

O profissional entende que deve se procurar “converter a preocupação política em preocupação humanitária, para que este funeral não possa fomentar divisão. Somente agora é que o Juiz de Barcelona autorizou autopsia e ainda não se sabe a quem vão entregar o corpo. Se aos filhos ou a governo e a esposa”.

“Não há que ter pressa de enterrar Eduardo dos Santos. Um funeral é evento de unidade e não de divisão. Deve-se respeitar a vontade da família para se conformar com a vontade de todas as entidades e personalidades que queiram  se despedir de JES até a morada final”, rematou.

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