Huambo: Governantes e oficiais das FAA envolvidos na disputa de terras do povo

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A disputa por uma parcela de terra em Angola não se limita ao pacato cidadão, que luta para conseguir um espaço para erguer uma moradia para habitar.

No Huambo, segundo constatou O Decreto, o assunto mergulha altos dirigentes do Governo Provincial e oficiais superiores das Forças Armadas Angolanas (FAA), que não poupam esforços para retirar dos terrenos, os autóctones das aldeias, principalmente que habitam arredores da cidade planáltica.

O grito de aflição vem dos populares que residem na localidade de Belém, arredores da sede provincial, tendo como os principais acusados elementos das FAA e da Administração Municipal.

O portal O Decreto avança que, na referida povoação, os habitantes enfrentam a falta de quase tudo, não há serviços sociais do Estado: escolas, centros de saúde, saneamento básico e os moradores sobrevivem da agricultura subsistência conhecidas como “lavras familiares”.

“Aqui os membros do governo do Huambo e das FAA, são os principais usurpadores das terras do povo”, desabafou ao portal O Decreto uma das autoridades tradicionais, que preferiu o anonimato.

O uso da força e o abuso do poder, segundo apurou este jornal, têm sido constantes na província do Huambo, tudo devido a prática da impunidade que ainda reina entre os angolanos. “Por conta da prepotência e da cobertura dos tribunais pelos juízes, que não dominam no terreno a origem do conflito”, disse uma fonte do governo local.

Na última semana, O Decreto recebeu várias reclamações de populares arredores do município sede, Caála, Bailundo, Tchicala Tcholoanga e Londuimbali, que afirmam que as suas zonas de cultivos estão ameaçadas, devido a presença de pessoas estranhas às comunidades, que se apresentam como titulares de terrenos naquelas circunscrições do Huambo.

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