Huambo: Dados das “Mãos Livres” apontam mais de dez mortos no confronto entre fiéis do “Kalupeteka” e Polícia Nacional
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A Polícia Nacional na província do Huambo foi acusada durante a semana de ter isolado a aldeia do Lunge, município do Bailundo, com alegado propósito de ocultar um presumível massacre contra fiéis da extinta seita “A Luz do Mundo”, de José Julino Kalupeteka, que cumpre uma pena de prisão de 28 anos, sequência da condenação em 2016.
Relatos dão conta que, a localidade foi à semana passada palco de confrontos entre efectivos da corporação e fiéis da referida seita, tendo terminado em dezenas de mortos, conforme denúncias de populares, contrariados pelo Comando Provincial da Polícia Nacional do Huambo, que confirma apenas duas vítimas mortais de civis.
Informações apuradas no terreno, referirem que, durante os confrontos, além de baixas civis, há também mortes de efetivos policiais, sendo um deles o comandante da Esquadra policial do Lunge.
Este dado ainda não foi confirmado nem desmentido pelas autoridades policiais que, afirmaram apenas ter detido o responsável das escaramuças, um suposto fiel “Kalupeteka”, que realizava cultos religiosos não autorizados.
Entretanto, para apurar a veracidade dos factos, a associação “Mãos Livres” feitas deslocar ao interior do Município do Bailundo, uma equipa, no sentido de constatar a realidade em torno dos recentes confrontos, entre a polícia nacional e os membros da seita “A Luz do Mundo”, na aldeia do Utcha, comuna do Lunji.
O seu responsável, Guilherme Neves, revelou que, dados preliminares da equipa, que trabalha no terreno, apontaram para a morte de mais de dez pessoas, entre membros da seita “A Luz do Mundo” e efectivos da polícia nacional.
Na busca da verdade dos factos e salvaguarda dos direitos dos cidadãos, Associação mãos Livres apelou a Comissão dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, a apurar os factos.