Acusações contra Donald Trump são “mau exemplo para África”, diz Observatório Eleitoral Angolano

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As acusações criminais que envolvem o antigo Presidente americano Donald Trump estão a ser interpretadas por analistas angolanos como um teste à justiça americana que, mais uma vez, está desafiada a provar a sua independência em relação ao poder político.

Florindo Chivucute, líder da organização não governamental Friends of Angola, disse que o ex-Presidente americano irá enfrentar a justiça se forem provadas as acusações que pendem sobre si, podendo afectar ou não a sua candidatura à Casa Branca em 2024.

Citado pela Voz de América, conhecedor da realidade americana, Chivucute afirmou que, no país “ninguém está acima da lei”, independentemente da sua condição política ou económica e que a igualdade da justiça é um dos pilares fundamentais da democracia.

Chivute afirma não acreditar que haja motivações políticas e diz que se o caso foi levado à justiça é porque a procuradoria de Nova Iorque acredita ter provas suficientes contra o antigo Presidente, mas terá de convencer o juiz.

Por sua vez, o responsável do Observatório Eleitoral Angolano (ObEA), Luís Jimbo, considera que o que está a acontecer na política doméstica americana “é um mau exemplo para as democracias africanas”.

“Por exemplo, esta reclamação de Trump de perseguição política da oposição é o que se vê na relação entre candidatos dos partidos no poder e da oposição (em África)”, afirma Jimbo.

Donald Trump, que na terça-feira foi chamado ao tribunal de Nova Iorque para se defender das 34 acusações criminais decorrentes de suborno pago a uma estrela de filmes pornográficos antes da eleição de 2016, declarou-se “inocente” e considerou o processo como sendo “um insulto” ao país.

O republicano, que foi aneriormente alvo de duas tentativas de impugnação, é o primeiro Presidente ou ex-Presidente a ser acusado criminalmente.

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