EUGÉNIO LABORINHO RECUSA AUDIÊNCIA AO MOVIMENTO DE CABINDA
O governo provincial de Cabinda não aceitou receber o pedido formal de audiência feito pelo Movimento de Reunificação do Povo de Cabinda para a sua Soberania (MRPCS), do qual o advogado Arão Bula Tempo é o presidente.
Texto de Rádio Angola
Segundo a organização, o documento foi remetido à secretaria do governo provincial mas esta recusou assinar o protocolo de recepção alegando que os documentos contrariam a Constituição da República de Angola. Para além da carta a solicitar uma audiência, onde é feita uma exposição dos principais problemas que enfrenta a província mais ao norte de Angola, o MRPCS remeteu outra “declaração pública” onde deixa claro que pretende contribuir para “uma solução definitiva ao problema”.
O MRPCS foi fundado em Abril de 2000. Mostra-se “preocupado com a situação político-militar, ainda persistente no território de Cabinda”, e por isso “exorta ao governo de Angola a flexibilizar a sua posição recrudescida pela lógica de guerra, para que se busquem pontos de convergência que contribuam para uma solução plausível”.
É essa a mensagem que o governo chefiado por Eugénio Laborinho diz ser contra a Constituição, e por isso não aceite “um encontro que permita o intercâmbio de pontos de vista relativos à multiplicidade de situações que se prendem com a vida da população e do território de Cabinda”, lê-se no documento da organização.