Abel Chivukuvuku desmente informações sobre perturbação do voo no aeroporto de Cabinda

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Abel Chivukuvuku disse em entrevista ao portal Rádio Angola saído de voo da província de Cabinda para a capital do país sem o talão de embarque, tendo questionado ao mesmo tempo o facto de o avião ter voado com lugares vazios.

Segundo o também coordenador do projecto político PRA-JÁ Servir Angola, que no sábado passado, 11, participou de um acto político de massas realizado pela UNITA, na abertura da pré-campanha eleitoral no enclave, no quadro da “Frente Patriótica Unida (FPU)”, denunciou ter havido uma tentativa de retê-lo no aeroporto de Cabinda “Maria Mambo Café”.

Segundo a Televisão Pública de Angola (TPA) o político terá violado “medidas aeronáuticas” ao embarcar num voo da companhia área angolana, TAAG, sem o talão de embarque.

Um facto confirmado ao portal Rádio Angola pelo próprio, que, no entanto, garantiu que a viagem estava previamente acertada com os serviços de protocolo do Estado, que teriam na sua posse o seu talão de embarque.

Um oficial de protocolo entrevistado pela TPA, que disse ter sido ameaçado, afirmou que a delegação da UNITA não tinha bilhetes confirmados, pelo que seria necessário que houvesse desistências, mas Abel Chivukuvuku forçou a entrada no avião e recusou-se a descer.

Um supervisor da TAAG disse à televisão angolana que o bilhete existia, mas tinha data de 17 de Junho, descrevendo a situação como “embaraçosa”.

Ao portal Rádio Angola, conforme atesta o áudio acima, Abel Chivukuvuku, contou outra versão dos acontecimentos. Segundo disse Chivukuvuku, os constrangimentos da sua deslocação a Cabinda começaram logo no aeroporto em Luanda.

Já em Cabinda e após a actividade política, dise “nesse mesmo dia, pedi aos meus serviços para tratarem com o protocolo do Estado para poder regressar a Luanda no domingo, 12, no voo da tarde às 15h00”, afirmou.

No domingo, a delegação da UNITA seguiu para o aeroporto, segundo contou, por volta das 14:00: “Fomos instalados na sala do protocolo e disseram-me que o bilhete estava com os serviços do protocolo e que só iriam dar-me o talão de embarque quando entrasse para o mini-autocarro”.

Chivukuvuku adiantou que ao chegar o autocarro deu primazia ao líder da UNITA, esperando seguir na segunda viagem.

No entanto, “quando o autocarro voltou disseram que o avião estava cheio e não poderíamos embarcar”.

“Exigi ir até ao avião e quando cheguei lá perguntaram-me pelo talão de embarque. Eu disse que estava com os serviços do protocolo e decidi subir. Sentei-me, e quando a hospedeira veio falar comigo, disse-lhe para solicitar o talão aos serviços de protocolo”, relatou, confirmando que não atendeu aos pedidos para descer do avião.

O político afirmou ainda que foi o último passageiro a embarcar e viu que havia cinco lugares disponíveis, questionando os motivos para que fossem impedidas de embarcar outras três pessoas da sua delegação (o diretor de gabinete e dois escoltas).

“Podem fazer isso com outros passageiros, com o Chivukuvuku nunca vão fazer”, disse.

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