DIRIGENTE ASSOCIATIVO: “SOMENTE O PODER LOCAL TRARÁ DESENVOLVIMENTO NA VIDA DOS CIDADÃOS”

Compartilhe

A Organização Humanitária Internacional (OHI), com sede na província de Benguela, é uma organização cívica angolana fundada a 1 de Junho de 2001, com registo no diário da República desde Fevereiro de 2002. É uma organização sem fins lucrativo e autónoma no exercício das suas funções. A Rádio Angola conversou com o director executivo da organização, João Misselo da Silva, que falou sobre as áreas em que a OHI dedicar-se-a em 2018.

Texto de Simão Hossi

A organização que actua sobretudo na província onde está instalada tem como foco a “educação para a cidadania, eleições, transparência fiscal e saúde”. Neste último aspecto – saúde – a OHI tem projectos específicos sobre prevenção e combate de doenças como tuberculose, malária e VIH-SIDA, tópicos que têm sido implementados nos municípios da Catumbela, Benguela, Lobito, Cubal e Baia-Farta.

A OHI, diz João Misselo, tem como objectivo “contribuir para o pleno exercício da cidadania, através das acções sustentáveis que permitem o engajamento das comunidades na tomada de decisões de forma responsável, mitigando o impacto da pobreza e das doenças de carácter de saúde pública”.

A província de Benguela é uma cidade com um ” índice elevado de prevalência do VIH”, para além de ser preocupante as questões da malária e a tuberculose.

O director-executivo diz que “a OHI presta informações às populações aonde trabalham”. Também “presta assistência técnica a 12 organizações localizadas na capital da província do Kwanza Norte”. As acções sobre igualdade de gênero e direitos humanos tem desenvolvido em parceria com a ONG internacional Medicos Del Mundo, esta situada em Ndalatando.

Para além de desejar monitorizar a execução do OGE, a organização pretende continuar as acções de concertação com os seus parceiros locais, como a que tem a OMUNGA, também de Benguela, tal como os parceiros de outras sedes provinciais, no sentido de desenvolver as comunidades.

Para a comunidade internacional, a OHI espera que estes prossigam com os apoios técnicos e financeiros para apoiar as actividades da sociedade civil angolana de forma que se possa atingir os objectivos da colectividade.

“Olhar para estes e outros pontos que tem a ver com a vida pública do país resume-se numa união concertada de toda a franja da sociedade, e da sociedade civil, de forma particular”, frisa.

O director-executivo mostra-se expectante com a governação de João Lourenço. Espera também que as mudanças que se vêem reflectido nos discurso do actual presidente da República tenha um respaldo na vida política de Benguela, com a adopção de novas posturas e boas práticas dos governantes locais e que tenha reflexo principalmente na vida dos destinatários, que são as populações.

O combate à corrupção e a intolerância política são aspectos negativos que “têm de ser retiradas da lista de preocupações das províncias”.

O dirigente associativo pensa que apenas as autarquias locais darão cada vez mais autonomia aos cidadãos para contribuir melhor no crescimento das suas respectivas províncias. Para Misselo, somente com a atribuição do poder local é que o desenvolvimento será evidente na vida dos cidadãos, quer elas, as autarquias, sejam implementadas de forma gradual ou uniformizadas.

“A informação e discussão deve ser já encetada para que os cidadãos tomem conhecimento sobre o poder local e permitir mais transparência na gestão da coisa pública e dos seus projectos de execução”, conclui.

Leave a Reply