CEAST encoraja Movimento de Estudantes Angolanos na luta pela melhoria da qualidade de ensino no país

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Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São-Tomé (CEAST) encorajaram o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) a prosseguir com o desafio de reivindicar pela melhoria da qualidade de ensino no país.

Rádio Angola

Na quarta-feira, 9, a direcção da MEA, liderado por Francisco Teixeira, manteve um encontro, na sede da CEAST com os bispos católicos, em Luanda, onde a organização apresentou o “quadro preocupante” de milhares de alunos, que se encontram fora do sistema de normal de ensino.

Segundo apurou este portal, a reunião que decorreu à porta fechada serviu também para a busca de advocacia aos actos de repressão policial em casos de manifestações, em que os estudantes têm sido vítimas.

No encontro com os bispos da CEAST, os membros da direcção do Movimento de Estudantes Angolanos apresentaram em primeiro lugar, a sua insistência em defender os direitos dos estudantes bem como a exigência para a implementação de um ensino para todos os cidadãos.

Aos bispos católicos, Francisco Teixeira e o seu elenco, manifestaram com preocupação o que entendem ser “preocupação pelas constantes violações dos direitos dos estudantes e dos seus membros, desde a agressão que os estudantes sofreram por parte dos agentes da Polícia Nacional”.

O MEA lembrou que durante a “brutalidade policial” contra os estudantes, na sequência da última manifestação que visou reivindicar a subida de propinas e emolumentos nas instituições públicas e privadas, no dia 17 de Abril de 2021.

Os bispos da CEAST foram igualmente informados sobre o “roubo” que o presidente do Movimento de Estudantes Angolanos, supostamente sofreu, na sequência de um assalto em sua residência há duas semanas, onde de acordo com Francisco Teixeira, “os gatunos levaram somente os telefones, o que entendemos ser uma perseguição contra o líder do MEA”, lê-se numa nota tornada pública.

Com os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé “abordamos também sobre a situação que muitos jornalistas estão a passar, desde as perseguições e ameaças, e último caso do jornalista da Rádio Eclésia em Benguela que havia sido detido de forma ilegal”.

“Abordamos por outro lado o nobre papel da Igreja Católica na construção de escolas, institutos e universidades”.

Por sua vez, o padre, Afonso Gregório Chimuco, secretário nacional da pastoral da CEAST e porta-voz do encontro, informou que na reunião que decorreu à porta fechada, os estudantes foram aconselhados a manifestar descontentamento ao que vai mal, mas também a pontualizar actos positivos da governação.

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