CABO VERDE TRANSMITE EXPERIÊNCIA AUTÁRQUICA NO “PROJECTO AGIR”

Compartilhe

O Embaixador de Cabo Verde acreditado em Angola, Jorge Figueiredo considera “crucial” a implementação de uma democracia participativa no quadro da efectivação do processo autárquico em curso em Angola.

Texto de Simão Hossi

Falando no último sábado, 08/06, no município de Cacuaco, em Luanda, na conferência promovida pelo “Projecto Agir” em parcerias com a organização não governamental “Friends of Angola (FoA)” e o Instituto Superior Politécnico Kangonjo (ISKA), subordinada ao tema: “Autarquias Locais: Experiência de Cabo Verde”, o diplomata cabo verdiano disse que as autarquias locais vão permitir que os munícipes tenham a capacidade de fiscalizar, exigir responsabilidade civil e judiciário dos políticos que decidirem se candidatar com a actuação dos tribunais municipais.

Ao longo da sua comunicação com membros da sociedade civil e não só no ISKA, o embaixador salientou a importância dos cidadãos angolanos empenharem-se cada vez mais para a concretização das primeiras eleições autárquicas no país, bem como serem mais exigentes com as questões que os afectam as suas localidades.

Para Jorge Figueiredo, o exemplo de Cabo Verde só poderá se reflectir na realidade dos angolanos se estes quiserem, pois a experiência do seu país “só poderá servir se houver vontade, pois pode ser feito igual, ou melhor, do que se implementou no nosso país”, salientou embaixador.

Em declarações à Rádio Angola no final do encontro, o embaixador de Cabo Verde manifestou-se feliz pela troca de experiência com os jovens angolanos, tendo salientado que, neste processo, será necessário os municípios atraírem quadros qualificados de dentro e fora do círculo autárquico para ajudarem a desenvolver rapidamente as autarquias.

Jorge Figueiredo que partilhou a sua experiência enquanto autarca na Ilha do Sal, em que foi Presidente da Câmara Municipal durante três mandatos, abordou igualmente do processo que levou seu o país ser hoje uma referência a nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

O embaixador cabo verdiano acreditado em Angola, é formado em medicina e esteve na Ilha do Sal como líder de um grupo independente durante os seus três mandatos como autarca.

Leave a Reply