Cabinda: FLEC anuncia novos combates que terminaram com dez mortos
As Forças Armadas Cabindesas (FAC) dizem ter atacado uma unidade das Forças Armadas Angolanas (FAA) que se preparava para surpreender um grupo de seus combatentes e que dos confrontos resultaram a morte de oito soldados e dois guerrilheiros independentistas.
Fonte: VOA
No Comunicado de Guerra enviado à VOA nas primeiras horas desta terça-feira, 28, e assinada pelo Chefe Operacional da Frente de Libertação do Estado de Cabinda-Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC), Futi Bonifácio Edinho, os independentistas dizem ter apreendido armas pesadas das FAA, tais como “armas automáticas, lançadores de foguetes e várias munições.
“A FLEC/FAC recorda que o Presidente angolano João Lourenço é o responsável pela instabilidade que reina no enclave assim como do perigoso agravamento da situação que irá deteriorar nos próximos dias”, escreve Edinho, que acusa o Governo angolano de continuar “a recusar um diálogo de paz, honesto e sincero tal como a FLEC/FAC pede desde há vários decénios”.
A organização, que tem denunciado nos últimos dois meses vários confrontos entre os seus guerrilheiros e soldados das FAA, nunca confirmados pelo Executivo angolano, reafirma “uma vez mais a profunda vontade e disponibilidade para negociar uma paz durável e definitiva para Cabinda”.
Como tem acontecido em anteriores ocasiões em que a FLEC-FAC diz ter havido ataques, o Governo angolano não reagiu ainda.
No passado dia 15, numa rara referência à instabilidade em Cabinda, o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência de Angola, Pedro Sebastião, admitiu em conferência de imprensa no CIAM a existência de grupos que provocam instabilidade em Cabinda, embora diga que não integram uma acção organizada.
“De vez em quando, aqui e acolá, podem surgir grupos que possam fazer uma ou outra acção em Cabinda, não como acção organizada”, afirmou Sebastião, citado pelo Novo Jornal.