Benguela: Crianças lutam pela sobrevivência apesar do Estado de Emergência decretado pelo Governo Angolano

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Tornou-se cada vez mais evidente ver crianças com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos, a “zungarem” diversos produtos no centro e na periferia das cidades do Lobito e Benguela, com o propósito de garantir a sua sobrevivência.

Eduardo Ngumbe | Benguela

Mesmo com o “Estado de Emergência” decretado, os pequenos não poupam esforços de sair à rua em busca do sustento diário. Eles vendem de tudo um pouco, desde tomates, batata, cebola e outros produtos, facto que revela que a sua maioria faz o trabalho “amando dos seus progenitores”.

Numa ronda efectuada pela Rádio Angola, encontramos a pequena Marisa, de apenas 7 anos de idade, aluna da 2ª classe no período da manhã.

Com uma bacia sobre a cabeça, a menina que visivelmente manifestava cansaço, devido a largos quilómetros já percorridos com a venda de água aos feirantes e transeuntes, disse, quando interpelada nossa reportagem, que “faço este trabalho porque a minha mãe assim me obriga”.

A realidade da Marisa de 7 anos, é igualmente enfrentada por muitas outras centenas de crianças em Benguela e no Lobito, muitas delas trabalham para o sustento dos adultos em casas, uma situação que segundo especialistas, poderá comprometer o futuro destas crianças, que em consequência disto muitas delas vão perdendo interesse pelos estudos.

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