Antiga sócia da empresa “Konda Marta” acusada de burla e falso testemunho por camponesas

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As camponesas da empresa “Konda Marta Comércio e Serviços Lda”, por meio dos seus advogados, apresentaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma queixa-crime, na sexta-feira, 17, contra a antiga sócia da instituição, senhora Konda Marta, por alegado crime de burla e falso testemunho.

A participação foi movida por um grupo de camponesas que falam da falta de desonrar com os compromissos, até então estabelecidos com o colectivo de ex-trabalhadoras, na sua maioria com idade avançada, com a senhora Konda Marta, que a data dos factos era responsável máxima da empresa.

Na queixa-crime do escritório “Freire dos Santos e Advogados”, a que o Club-K teve acesso, já em posse da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto Serviço de Investigação Criminal (SIC), as camponesas na sua maioria idosas, acusam a ex-sócia, com o nome da mesma empresa, de criar “entraves” na resolução do conflito, pois “agora se alinhou com os invasores”.

Voltaram a citar o nome do  sub-comissário Joaquim do Rosário, comandante da Polícia Nacional do Talatona, mantendo o interesse nas terras de camponesas, daí segundo as queixosas, o plano que tem sido gizado para a instrumentalização da ex-sócia da empresa Konda Marta, assim como outros indivíduos atrelados aos órgãos do Estado, para distorcer o processo e deixar tudo ao seu favor, conforme alegam as lesadas.

“Fizemos a queixa contra a senhora Konda Marta porque a mesma não está a ser sincera”, disse uma das camponesas.

Na sua visão, a Konda Marta tem disseminado ‘inverdades’, como, por exemplo, a existência de apenas 30 camponesas no perímetro em causa. “Ainda assim, juntou-se ao Comandante Rosário para receber o pouco de terra que nos restou”, lamentou.

E, o porta-voz das camponesas, Daniel Neto, indignado com a situação, recordou que foi preso porque o Ministério Público terá alegado que o título de concessão de terra apresentado pela sócia Konda Marta, na altura, seria falso.

Em declarações à imprensa, o também Tenente-Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA) denunciou que, “agora é o mesmo documento, dado como falso, que o Comandante Rosário usa como escudo para dizer que a cidadã Konda Marta é a proprietária legítima das terras em causa”, contou.

O director-geral da Sociedade Konda Marta lamentou, mais uma vez, a actuação dos órgãos do Estado, que na sua visão “deixam-se instrumentalizar por um indivíduo, que usa o nome da instituição do Estado (Comando da Polícia de Talatona), em Luanda, para benefício próprio”.

“O Comandante Rosário, faz das suas sem ser punido civil e criminalmente. As lutas seguirão, até que a verdade esplandeça”, disse.

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