Ambulância do Centro de Saúde do Sequele usada em “esquemas” de corrupção para evacuação de doentes

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Os médicos do Centro de Saúde da Centralidade do Sequele, município de Cacuaco, em Luanda, são acusados de “esquemas” de corrupção no uso da única ambulância existente naquela unidade sanitária pública, no momento de evacuação de doentes para hospitais de referência.

O “esquema”, segundo denúncias avançadas a este portal, tem sido praticado pelos médicos, principalmente, os “chefes de turnos” em “conluio” com os motoristas da viatura pública.

O caso mais recente de acordo com a denuncia de um cidadão que proferiu anonimato, aconteceu na tarde de sábado, 12 de Fevereiro, quando um cidadão que proferiu anonimato, levou sua filha para a referida unidade sanitária do Estado, para que fosse assistida já que sentia mal, mas depois de ter sido observada, o médico em serviço sugeriu que a paciente fosse evacuada para um hospital de referência, no caso o Américo Boavida.

O cidadão contou que, para o seu espanto, o médico em serviço disse que a evacuação devia ser feita usando meios próprios alegando que a ambulância estava “avariada”.

“Perguntei se era normal naquela unidade a evacuação de doentes usando meios não apropriados para efeito e a resposta foi: sim é normal aqui”, teria respondido o profissional.

“Perguntei se o hospital tinha a noção do perigo que a minha corria viajando perto de 30 km em viatura não especializada e sem acompanhante?”, na resposta, segundo o denunciante, “o jovem médico deixou a entender, nas entrelinhas, que não podia fazer nada”.

O cidadão que se manifestou visivelmente insatisfeito com o tratamento recebido relatou ainda que “no calor da discussão e porque deixei claro que a conversa não ficaria por aí, o homem deixou escapar que, afinal, o motorista da ambulância estava lá e em serviço com a ambulância avariada?”.

“Chamado o condutor, a meu pedido, este disse que, afinal, o carro não tinha  avaria nenhuma só que estava orientado apenas para evacuar doentes para o município (Cacuaco), tendo perguntado se por que essa informação não foi dada logo no princípio, mas nem o médico, nem o motorista souberam me responder devidamente”, relatou.

Descreveu ainda que “depois, já com os nervos em riste, o meu doctor ordenou que a minha filha fosse levada primeiro para o Hospital de Cacuaco e só depois para o destino”. “Naturalmente que não aceitei e aí mesmo disse que o caso não ficaria por aí”.

Disse ter concluído que não quiseram levar a sua filha de “propósito, o que, como cidadão e contribuinte, condeno e exijo uma explicação pública  de quem o conhecimento desta denúncia competir”.

O cidadão revelou que, depois de tudo, “minutos depois da nossa saída das instalações, a ambulância foi vista a sair do hospital, com doente”. “Este facto, testemunhado por pessoas que lá ficaram, sustenta a informação segundo a qual as equipas em serviço cobram pela evacuação dos doentes”.

 

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