Agentes da Polícia acusados de agredir contra camponesas do Talatona para defender interesses de altas patentes

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Efectivos da Unidade de Reacção Rápida da Polícia Nacional do Comando Provincial de Luanda, estão a ser acusados de mais um acto de “violência” progatonizada nesta sexta-feira, 16, contra as camponesas da empresa “Konda Marta”, na zona do 11 de Novembro, no Distrito Urbano da Cidade Universitária, município do Talatona, em Luanda.

As vítimas, na sua maioria senhoras idosas, contam que, mais uma vez, foram surpreendidas no espaço em disputa por mais de 30 efectivos da corporação armados e acompanhados de quatro patrulhas, tendo lançado gás lacrimogénio contra as senhoras.

O grupo de camponesas, que conta igualmente com a presença de alguns homens – em menor número, lamentou ter sofrido agressões, onde detiveram algumas camponesas e um idoso, cujas identidades não foram reveladas.

Não é a primeira vez, que uma caravana de carros da Polícia Nacional, se dirigem aos espaços controlados pelas camponesas da “Sociedade Konda Marta”, forçando as senhoras, na sua maioria idosas, a abandonarem o terreno com vista beneficiar altas da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas.

Com a saída de Joaquim do Rosário, no Comando municipal do Talatona, os camponeses pensaram que a situação deveria ficar ultrapassada, porém, o inverso tende a piorar.

Na semana passada, mais de trezentas camponesas realizaram vigílias (sábado e domingo), com o propósito de chamar atenção da Administração Municipal do Talatona e do Governo Provincial de Luanda, no sentido de chamar as partes para se encontrar “entendimento”, com vista ao fim do conflito fundiário.

A vigília, segundo o porta-voz dos camponeses, Daniel Neto, visou igualmente protestar contra as “mortes ocorridas no local” protagonizadas pela Polícia Nacional, bem como a constante “violência contra as indefesas camponesas da Konda Marta”.

Imagens partilhadas nas redes sociais podem ser vistos os agentes da Unidade de Reacção Rápida da Polícia Nacional forçando os populares a abandonarem o local. No vídeo vê-se ainda um idoso deitado ao chão contorcendo-se com dores e reclamando de ter sido lançado o gás lacrimogénio.

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