COVID-19: Governo angolano recua na abertura de culto em Luanda e Kuanza-Norte

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A ministra da Saúde anunciou nesta segunda-feira que, ao contrário do que estava previsto, os locais de culto vão continuar encerrados em Luanda e no Kuanza-Norte, reabrindo nas restantes províncias nesta quarta-feira, 24 de Junho.

“Apesar de termos feito projecção de abrir os locais de culto no dia 24, tal não vai acontecer em Luanda e Cuanza Norte devido à situação epidemiológica actual”, sublinhou Sílvia Lutukuta, aludindo ao “aumento importante de casos nas últimas semanas”.

Angola regista actualmente 186 casos de infecção pelo novo coronavírus e anunciou na semana passada os primeiros quatro casos fora de Luanda, na província do Cuanza Norte, onde está a ser feita “uma avaliação epidemiológica profunda para tomar as melhores decisões”.

As autoridades sanitárias já receberam 160 amostras daquela província, das quais quatro testaram positivo para a covid-19.

A ministra alertou ainda para o “grande incumprimento das medidas de protecção individual e colectiva” que tem sido observado, com muitas aglomerações na rua, sem respeitar as distâncias e sem usar as máscaras.

No mês passado, quando foi declarado o estado de calamidade pública, o Governo tinha previsto retomar as celebrações religiosas a partir de 24 de Junho, preferencialmente apenas quatro dias por semana.

As celebrações religiosas em espaços fechados serão realizadas de preferência apenas durante duas horas em quatro dias por semana, sendo os restantes dias reservados a higienização dos locais de culto.

Será obrigatório o uso de máscara e o distanciamento de, no mínimo, dois metros entre os fiéis, tendo de estar também garantida a higienização das superfícies e lavagem das mãos à entrada dos locais de culto.

Os grupos de risco terão uma localização privilegiada nos locais de culto e é proibida a utilização ou distribuição de folhetos ou documentos, durante as celebrações.

Os recipientes para oferta deverão ser colocados em locais de fácil acesso devendo os fiéis deslocarem-se ao respectivo local observando o devido distanciamento físico.

As cerimónias fúnebres terão um máximo de 50 participantes, excepto no caso de pessoas que tenham morrido de covid-19, limitados a 25 participantes.

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