ACTIVISTA NUNO DALA: “JOÃO LOURENÇO DEVE DAR EXEMPLO DE TRANSPARÊNCIA E BOA GOVERNAÇÃO DECLARANDO SEUS BENS E RENDIMENTOS”

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O combate cerrado ao “cancro” da corrupção que corrói as instituições do Estado Angolano foi uma das armas utilizadas pelo João Lourenço, durante a campanha eleitoral de caça ao voto, nas Eleições Gerais realizadas a 23 de Agosto de 2017.

Fonte: Rádio Angola

Para concretizar a promessa feita aos eleitores, o Chefe de Estado empossado a 26 de Setembro na “Praça da República” em Luanda vem dando sinais positivos na luta “feroz” contra o fenómeno, mas ainda assim, há várias correntes da sociedade civil que espera por muito mais.

É o caso do activista cívico e docente universitário Nuno Álvaro Dala, que remeteu uma carta ao Presidente da República, João Lourenço, cuja entrega foi feita na quinta-feira, 21/12, no Palácio Presidencial. Na carta de três páginas a que a Rádio Angola teve acesso, Nuno Álvaro Dala refere que “com vista a demonstrar o grau de seriedade e compromisso em promover a transparência, probidade e boa governação”, solicita ao Titular do Poder Executivo a proceder à declaração pública dos seus Bens e Rendimentos.

Em declarações a Rádio Angola, o também investigador científico sustenta que o Presidente da República deve dissipar todas as dúvidas sobre a sua pessoa em matéria de transparência na gestão da coisa pública.

Para que o Presidente da República tenha autoridade moral no combate à corrupção, diz Nuno Álvaro Dala, João Lourenço deve ser o primeiro a dar exemplo no cumprimento à Lei de Probidade Pública revelando, no entanto, o que tem e como conseguiu.

Na missiva, o jovem investigador escreve que “o trabalho que Sua Excelência tem realizado em pouco mais de 70 dias, mais do que ter renovado a esperança e reabilitado a confiança dos cidadãos na figura do mais alto magistrado da Nação, tem produzido efeitos traduzidos no facto de os Angolanos verem na Sua Pessoa o Presidente de Todos na sua concepção mais concreta ou real”.

Nuno Dala, activista do processo “15+2”, entende que o passado recente marcado pela intransparência, corrupção, desvio de fundos, branqueamento de capitais, clientelismo, tráfico de influências, caos e ineficácia da administração do Estado, impunidade, etc., constitui-se num pesado fardo que requer uma data de corte e um maior grau de compromisso com o Interesse Nacional e com a boa governação.

“Neste sentido, com vista a demonstrar o grau de seriedade e compromisso de Sua Excelência em promover a transparência, a probidade e a boa governação, solicito à Sua Pessoa, no sentido de se digne em proceder à declaração pública dos Seus Bens e Rendimentos”, disse o activista no documento entregue à Presidência da República.

Acompanhe aqui na página da Rádio Angola as declarações do activista e professor universitário Nuno Álvaro Dala: