Activista de Cacuaco responde em tribunal por crime de calúnia e difamação

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O activista e investigador dos direitos humanos, José Albano Kapinala, foi constituído arguido depois de ter sido acusado de prática de crime de calúnia e difamação, pelo actual director municipal de Cacuaco, Mateus Dala.

Fonte: Rádio Angola

Falando à Rádio Angola, o jovem activista, que nos próximos dias vai a julgamento na 6ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, no Palácio “Dona Ana Joaquina”, disse que, o facto resulta de uma matéria publicada na página no facebook denominada: “Vila Cacuaco Vila”, em que o acusado é o gestor principal.

A página, segundo Kapinala “tem servido para denunciar actos de corrupção, nepotismo, violação de direitos humanos e outras práticas”, que consideradas “lesivas à convivência social entre os angolanos”.

A matéria que motivou o seu processo-crime, de acordo com José Albano Kapinala, tinha sido publicada na mesma página, em que, o gestor, em função das suas fontes enquanto activista dos direitos humanos denunciou um alegado acto de corrupção, supostamente envolvendo o director municipal da educação de Cacuaco, Mateus Dala e director de uma das escolas do município, que teria comprado pneus para a viatura do director municipal com vista a manutenção do cargo.

Na página “Vila Cacuaco Vila”, José Albano Kapinala teria igualmente “reportado” um caso de “assédio sexual”, tendo alegadamente como “protagonista”, mais uma vez, Mateus Dala, director da educação no município de Cacuaco, cuja “assediada” é uma das professoras com a garantia de ser “promovida” ao cargo de directora de uma das escolas do município mais ao norte de Luanda.

Por se ter sentido supostamente “ofendido, caluniado e difamado”, o director da educação em Cacuaco apresentou uma queixa-crime ao Serviço de Investigação Criminal (SIC Luanda), onde foi ouvido e dias depois o processo foi encaminhado para o tribanal, cujo julgamento está para breve.

O activista sublinhou que, a acção movida pelo responsável da educação em Cacuaco, tem como propósito “silenciar” a voz de pessoas que “denunciam tais actos”, tendo garantido que “vai manter-se firme, trabalhando sempre em nome do interesse pública”.

“O processo não está a ser conduzido de forma transparente, a começar com o interrogatório no SIC Luanda, onde me foi obrigado a revelar já o nome das fontes, bem como a defesa teve muitas dificuldades para ter acesso ao processo”, referiu.

Oiça aqui na página da Rádio Angola a entrevista do arguido, que está a ser defendido pelo advogado Zola Bambi:

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