VIADUTO VAI SUBSTITUIR PONTE PARTIDA NO MORRO DE AREIA
Com a construção do viaduto, Fernando Binge prevê a asfaltagem da via dos Mulenvos, ligando assim Viana, Cacuaco e Cazenga. “O que nós pedimos agora é mais paciência, não se trata apenas de mais uma promessa, estamos a procurar fazer o melhor. Já esperámos 11 anos, agora vamos aguardar só mais um pouquinho para fazermos algo definitivo”.
Onze anos de promessas não cumpridas é o tempo que a administração de Viana já carrega no que diz respeito à reposição da famosa «ponte partida», na zona do Morro de Areia, situação que desespera munícipes, que, no mês passado, escreveram para o actual administrador municipal, André Soma, para dar solução ao “velho assunto”.
Da administração, voltou a “soar” mais uma promessa, desta feita para Fevereiro de 2019, data em que se prevê iniciar a construção de um viaduto para substituir a ponte que havia no local, segundo o administrador adjunto para a Área Técnica e Infra-estruturas . De acordo com Fernando Binge, a construção do viaduto enquadra-se no Plano Especial de Obras Públicas (PEOPL), do Ministério da Construção, que projecta uma nova imagem para cidade de Luanda até 2022.
Em Viana, segundo o administrador adjunto, que falava esta semana em exclusivo ao Novo Jornal, estão previstos o arranque de obras de engenharia, de macrodrenagem, rede rodoviária e infra-estruturas integradas, com destaque para a construção de três pedonais na Estrada Nacional 230 (EN 230), e a construção do viaduto no Morro de Areia, que poderá vir a substituir a famosa ponte partida há mais de uma década.
“Este viaduto será construído no troço da estrada da Suave para o Morro de Areia, entre os bairros 14 A e B, para resolvermos já o problema da famosa ponte partida, no Morro da Areia. Esta é uma acção que será integrada no âmbito de um programa gizado pelo Ministério da Construção, no seu Plano Especial de Obras Públicas para a cidade de Luanda, para uma nova imagem até 2022”, acentuou o interlocutor, que prevê o início das obras do viaduto em Fevereiro de 2019.
“Estas são as previsões do Ministério da Construção. Temos o programa e o cronograma das acções inseridas no PEOPL, que, na realidade, já começaram em Junho deste ano, com a reabilitação de estradas em várias artérias da capital. A nível de Viana está-se a trabalhar nos projecto municipais e, até Fevereiro de 2019, pensamos dar início à construção do viaduto, que, realmente, é uma das nossas maiores preocupações para com as populações da zona do Morro de Areia e arredores”, aflorou o governante.
Justificações
No início do presente ano, Fernando Binge apontou o final deste ano como a lhos, que visavam a colocação de uma ponte metálica na zona do Morro de Areia, tal como avançou este semanário na edição 520, de 9 de Fevereiro do corrente. Na ocasião, o administrador adjunto justificava a falha da mesma promessa, feita no ano passado, em que também era apontada como certa a data para o início dos trabalhos que visam a reposição na circulação de pessoas e bens, por via de uma ponte metálica.
Justificando-se novamente, Fernando Binge disse que problemas técnicos estiveram na base da falha da promessa reafirmada neste ano, estimando que a mesma poderá vir a ser cumprida em Fevereiro do próximo ano. “Havíamos informado este ano que adquirimos uma ponte metálica que seria montada de forma provisória. Porém, depois de estudos feitos no terreno, vimos que tínhamos que aguardar pelas obras de duplicação da linha férrea, até porque foi mesmo por causa das obras da linha férrea que a ponte antiga foi derrubada no Morro de Areia”, disse.
Com a duplicação da linha férrea e com a construção da EN 230, “reparou-se, agora, que o espaço é insuficiente para se montar os ângulos de curvatura da ponte metálica que já são predefinidos. Portanto, estamos agora a encarar dificuldades de ordem técnica na montagem desta ponte metálica”, sublinhou o governante, que se mostra confiante na solução do problema com a construção do viaduto.
“Se tudo correr bem, a partir de Fevereiro os munícipes vão conhecer o arranque das obras programadas. Os viadutos não levam muito tempo a ser erguidos, no máximo seis a sete meses. São obras erguidas no local e não haverá problemas de curvaturas. A exemplo do que fizemos na Via Expressa, Km 25, pretendemos que se faça o mesmo no Morro de Areia. Os carros que vêm da rua da Suave para os Mulenvos passarão por cima e os que vêm da EN 230 continuarão a passar por baixo, e quem quiser entrar para os Mulenvos vai encontrar um ângulo de curvatura, que será construído localmente”, garantiu.
Ligação entre Viana, Cacuaco e Cazenga será reposta Com a construção do viaduto, Fernando Binge prevê a asfaltagem da via dos Mulenvos, ligando assim Viana, Cacuaco e Cazenga. “A estrada que liga aos Mulenvos ficou bastante esburacada e por isso prevemos a reasfaltagem daquela via que é muito importante para aquelas populações. Com aquela estrada feita, vamos ter a situação facilitada para as empresas de recolha de resíduos sólidos que vão usar aquela via para o aterro sanitário.
A estrada irá também impulsionar o desenvolvimento da actividade económica, que ficou bastante afectada com a demolição da antiga ponte”, augurou o adjunto de André Soma, que pede mais um pouco de paciência.
“O que nos pedimos agora é mais paciência, não se trata apenas de mais uma promessa, estamos a procurar fazer o melhor. Já esperámos 11 anos, agora vamos aguardar só mais um pouquinho para fazermos algo definitivo que irá facilitar de melhor forma a circulação rodoviária”.
Vale dizer que, em face das promessas de reposição de ponte, moradores dos bairros Km 14 B, Mulenvos, Boa-Fé, Vila Nova, Miru e adjacentes endereçaram no mês passado uma carta às autoridades, apelando a reposição urgente da ponte partida.
Ponte amarela será substituída e Robaldina terá uma pedonal
O município de Viana poderá contar com três novas pontes pedonais, a serem erguidas no próximo ano pelo Ministério da Construção, no âmbito do seu Plano Especial de Obras Públicas (PEOPL), segundo informou a este semanário o administrador ajunto para a Área Técnica e Infra-estruturas.
Inseridas no capítulo das obras de engenharia, as pedonais serão erguidas nas zonas da Robaldina, Angomart e da famosa ponte amarela, que será substituída por uma nova. A construção das pedonais, segundo Fernando Binge, visa reduzir os índices de atropelamentos que ocorrem naquelas paragens, bem como proporcionar uma travessia segura aos peões que utilizam a ponte amarela, que, de acordo com o interlocutor, já apresenta “alguma degradação”, 10 anos após sua construção.
“A construção da pedonal na Robaldina e a construção de uma ponte defronte à Angomart deve-se aos atropelamentos que ali ocorrem e queremos evitá-los. A substituição da ponte amarela tem a ver com o facto de ser uma pedonal já antiga, construída há mais de 10 anos, e que se encontra num estado de degradação preocupante. A ponte não apresenta ainda ameaça de destruição, ou de causar algum acidente, mas ela já se encontra num estado de degradação preocupante que carece de manutenção ou de substituição. Apresentámos a preocupação ao Ministério que achou por bem inserir o assunto no pacote de obras especiais”.
No capítulo das vias de acesso, o administrador adjunto para a Área Técnica e Infra-estruturas deu ainda a conhecer que está prevista a construção e reabilitação imediata de quatro vias rodoviárias, num leque de 50, que deverão ser intervencionadas nos próximos dias, aguardando apenas pelo início dos trabalhos por parte do Governo da Província de Luanda.
“Em Viana temos 50 vias para intervenção, mas destas foram seleccionadas quatro, que deverão ser intervencionadas rapidamente, com a colocação de asfalto. Estamos a falar da rua da Suave, a reconstrução da estrada do Kimbango, que é perpendicular à estrada da Suave. Prevemos ainda a asfaltagem da rua da Robaldina que liga a EN 230 à estrada do Kimbango. Isto para desafogar o trânsito na 230. Temos também prevista a construção de 2,7 quilómetros de estrada no interior do bairro dos Mulenvos, a partir do Centro de Saúde Materno Infantil. Ali já há uma parte da via asfaltada, que sai da rua do Millennium até ao próprio centro, faltando agora a sua conclusão. Esta segunda fase vai ligar à estrada da zona do aterro sanitário, também conhecida por ‘estrada do papá Simão’”, concluiu.
Fonte: Novo Jornal | António Paulo