Oficiais do SIC assaltam e sequestram cidadã da RDC

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No dia 6 de Dezembro de 2024, um grupo de oficiais do Serviço de Investigação Criminal (SIC) foi acusado de assaltar e sequestrar a cidadã congolesa Natalia Poaty, de 34 anos, no município da Samba, em Luanda. De acordo com informações apuradas pelo Club-K, os agentes envolvidos são membros da delegação do SIC do Morro Bento, e o incidente levantou preocupações sobre abusos de poder por parte de autoridades policiais.

O assalto aconteceu após os oficiais tomarem conhecimento de que Natalia Poaty desenvolvia atividades comerciais informais de câmbio de dinheiro. Os oficiais, então, planearam a invasão da residência de Poaty, simulando uma operação policial.

Utilizando uma viatura oficial Land Cruiser de cor azul e devidamente uniformizados, os agentes armados chegaram à casa de Natalia por volta das 23 horas. Durante a abordagem, os oficiais subtraíram a quantia de AKZ 5.000.000,00 e USD 3.100, que estavam escondidos sob a cama da vítima.

Após o roubo, os oficiais forçaram Natalia Poaty a entrar no veículo e a levaram para um local desconhecido. Durante o trajeto, ela foi ameaçada, e os agentes disseram que, caso ela registrasse queixa, regressariam para prejudicá-la. Apesar das ameaças, Natalia conseguiu escapar e, posteriormente, procurou uma esquadra da Maianga, onde registrou a ocorrência e apresentou queixa contra os envolvidos.

Os oficiais acusados incluem José Vunge, responsável pelo SIC no distrito da Samba; Jorge Epalanga, chefe da brigada do Morro Bento; Leonel da Costa, conhecido como “Zelele”, chefe das linhas operativas; Dionísio Fernandes, conhecido como “Boneco”, chefe da brigada do Morro Bento; e Amaro Muxinda, conhecido como “Dazuma”.

Até o momento, as autoridades policiais não suspenderam os oficiais do SIC, enquanto o caso segue sob investigação. No entanto, há preocupações sobre a possibilidade de impunidade, dado o envolvimento de membros da própria instituição policial.

A vítima, Natalia Poaty, encontra-se em paradeiro desconhecido, e ainda não há informações claras sobre seu destino.

Este episódio alimenta as preocupações sobre o abuso de poder nas forças de segurança e lança uma sombra sobre a atuação do SIC, gerando dúvidas sobre a transparência e eficácia da investigação.

Club-K

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