Tribunal Supremo condena ex-governador da Lunda-Sul a cinco de prisão

Compartilhe

O antigo governador provincial da Lunda-Sul, Ernesto Fernando Kiteculo,​ foi condenado, esta quarta-feira, 27, em Luanda, ​pelo Tribunal Supremo, a pena única de ​cinco anos e um mês de prisão, pelo crime de peculato.

De acordo com o juiz Daniel Modesto, além dos cinco anos e um mês, o réu foi condenado a pagar ​uma multa ​no valor de 250 milhões​ 878 mil ​e 650 kwanzas ao Estado, por danos patrimoniais, assim como uma taxa de justiça de 500 mil kwa​nzas.

O antigo governador foi acusado de se ter apropriado de 180 milhões de kwanzas, em violação das normas de execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), cabimentado ao Governo da Província da Lunda-Sul no período 2016-2018, quando exercia o cargo de governador.

O valor teria resultado de um pagamento feito à empresa ​”Chimark​”, supostamente para a compra de viaturas para o Governo da província, durante o seu mandato.

Segundo a acusação, Ernesto Kiteculo assinou e homologou contratos fictícios entre o Governo da Província da Lunda-Sul e várias empresas, sem o envolvimento dos restantes membros da direcção do Governo provincial.

Conforme o acórdão, os actos em causa foram igualmente praticados “sem o conhecimento” dos representantes das empresas constantes dos referidos contratos.

​Refere que o arguido teria adjudicado, de forma fraudulenta, várias empreitadas de obras públicas inscritas no Programa de Investimentos Públicos (PIP) às empresas que não constavam da lista das que participaram no concurso público realizado pela direcção que o antecedeu na liderança do Governo da Lunda-Sul.

Ernesto Kiteculo foi julgado por peculato em dois processos promovidos pelo Ministério Público (MP) e julgados pelos juízes Daniel Modesto, Guiomar Carveiro e Norberto Sodré.

​No entanto, a defesa do réu, encabeçada pelo advogado Amaral Gourgel, disse à imprensa que vai recorrer, nos próximos dias, da sentença por achar injusta e inapropriada.

Com/Angop

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

Leave a Reply