MPLA convoca reunião do Bureu Político para analisar corrupção no Tribunal Supremo
Uma reunião do Bureau Político do MPLA, que estava agendada para sexta-feira, 24 de Fevereiro, em Luanda, foi “desconvocada” na manhã do mesmo dia e adiada para esta semana. A ordem de trabalho inclui a abordagem sobre os escândalos de corrupção nos tribunais superiores em Angola.
Desde as eleições de 2022, está será a primeira vez que o líder do partido leva para a mesa dos seus colegas o tema da corrupção na alta estrutura da força política que gere o governo.
Segundo o Club-K, até a semana passada, o Presidente da República João Lourenço revelava-se inclinado em perdoar o Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo suspeitando que aquele juiz teria sido alvo de uma cabala dos seus conselheiros e guardas que terão se aproveitado da sua posição do magistrado para enveredarem pela pratica do tráfico de sentença.
A percepção do Chefe de Estado terá alterado depois de os serviços de informação lhe apresentaram no passado dia 17 de Fevereiro, um documentado relatório sobre como Joel Leonardo estaria a lesar o Estado angolano em praticas de corrupção, peculato e trafico de processos.
O documento entregue foi também apoiado em conteúdos de comunicações que eram enviadas aos arguidos ou condenados, aos quais eram cobrados valores monetários ou bens patrimoniais, para em compensação, verem a situação criminal atenuada ou os processos terem rumo diferente da tramitação normal.
A PGR foi acionado para avançar com uma investigação e a interrogatórios a rede de extorsão ligada a Joel Leonardo, sobretudo ao grupo que se apresentou como seu emissário visando extorquir o antigo ministro dos transportes Augusto da Silva Tomás.
Uma delegação da PGR chefiada pelo procurador-geral adjunto da República, João Luís de Freitas Coelho, foi enviada a Portugal, a fim de pedir as autoridades portuguesas um relatório sobre eventuais patrimônios em nome de Joel Leonardo.
Há relatos de que o mesmo terá comprado uma luxuosa casa em Portugal, mediada por uma secretaria identificada por Raquel. O imóvel terá sido pago por alguém importante que negociou o arquivamento do seu processo e em troca cedeu uma certa quantia monetária.
Em meios com os seus pares, Joel Leonardo alega gozar do apoio do Presidente do partido.