Em Benguela: Moradores do bairro São João no Lobito consideram atentado à saúde pública valas de drenagem a céu aberto
A população que reside no bairro São João arredores da cidade do Lobito, província de Benguela manifesta-se preocupada com as valas de drenagem que foram construídas a céu aberto, pela administração municipal, uma vez que estão transformadas em depósito de resíduos sólidos.
*Faustino Dumbo | Lobito
Fonte: Rádio Angola
A Rádio Angola constatou que, as valas que foram construídas há anos com o objectivo de permitir a drenagem das águas fluviais e residuais, foram transformadas em depósitos de lixo, o que para os populares, constitui um atentado à saúde pública aos moradores do conhecido bairro “São João”.
Com o regresso das chuvas que habitualmente caem com muita intensidade na região, a população do bairro do São João pensa que, a situação pode complicar-se mais, “caso não haja intervenção das autoridades locais”.
Os moradores apelam, por isso, a administração municipal do Lobito no sentido de encontrar soluções que permitam a abertura de um “caminho que dará acesso ao escoamento das águas residuais”.
Desde que a administração do Lobito visitou o local, “já lá se vão mais de três messes sem nenhuma resposta, pelo que se precisa de uma intervenção urgente”, disse um dos moradores.
Segundo os habitantes de São João, “é necessário que a administração municipal resolva este problema com vista a se evitar o pior”, mas lamentam, “a administração do Lobito fecha os olhos parecendo que nada está acontecer com o seu povo”.
“Quando a chuva está a cair temos medo de passar devido ás valas que ficam cheio de água”, frisou um munícipe que não quis ser identificado.
Vendedores sem espaço para fazer negócios
Outra preocupação que inquieta a população do bairro São João na periferia da cidade do Lobito, em Benguela, prende-se com a não construção de novos mercados, depois de terem sido destruídas as praças do “Compão e Chapanguele”, em Março de 2020, em plena vigência da primeira fase do Estado de Emergência.
Os populares lembram que, nesta ocasião, o administrador municipal do Lobito, Carlos Vasconcelos teria prometido a construção de um mercado maior com dignidade as feirantes do Lobito, o que de acordo com os vendedores “nada foi feito”.
“Hoje as feirantes estão dispersos em várias zonas, como praça da Calumba que quando chove é um verdadeiro calvário e sem as mínimas condições”, lamentou uma das vendedeiras, que acrescenta que “outros estão na praça da Canata, que já tinha sido desactivada há muito tempo e que as condições de acessibilidade e de saneamento são deficitários, bem como outros no Clube Atlético do Liro e no Compão”.
Para aqueles moradores, “isso constitui um atentado à saúde pública das feirantes e da população em geral, é uma autêntica vergonha e falta de humanismo, expor as pessoas nessas condições num país independente há 45 anos”.