UNITA quer aumento das verbas para sectores da educação e saúde no OGE no próximo ano

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Os deputados do grupo parlamentar da UNITA defendem que a maior fatia do bolo do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício econômico de 2018, seja atribuída aos sectores da saúde, educação e agricultura.

Fonte: Radio Angola 

A posição foi defendida pelo líder da bancada parlamentar, Adalberto Costa Júnior, quando falava no discurso de abertura de um seminário de capacitação dirigido aos deputados pela bancada do “Galo Negro”, que decorreu em Luanda, na quarta-feira, 13 de Dezembro, que analisou questões sobre o Orçamento Geral do Estado.

Na sua intervenção Adalberto Costa Júnior frisou que o seu grupo parlamentar espera ver na discussão do OGE para o ano 2018, uma mudança da prática que tem caracterizado o debate dos Orçamentos Gerais do Estado, na anterior liderança política.

“O OGE levado à Assembleia Nacional, debatido amplamente, feitas as propostas de melhoria por parte das comissões, retornou sempre à sessão de aprovação, sem conter alterações, conferindo a todo o exercício de auscultação da sociedade e ao debate, um mero cumprimento de calendário e desperdício de tempo e de tantos esforços, com contribuições, recomendações muito valorosas, mas nunca acatadas nem no documento em aprovação nem no modelo e no processo de apresentação dos orçamentos dos anos subsequentes”, disse.

Questionando-se se o Orçamento Geral do Estado virá com um conteúdo e uma visão capazes de responder as expectativas dos angolanos, capaz de responder aos enormes desafios da crise económica do país, ou manterá o paradigma, a julgar pelo jogo de cadeiras que não trouxe qualquer novidade, o parlamentar espera ver medidas políticas corajosas, de uma governação transparente, que ponha fim ao cabritismo e a impunidade.

O líder parlamentar da UNITA pensa que o país possui instrumentos jurídicos legais suficientes para o exercício de boa governação, mas disse Adalberto Costa Júnior, o problema tem-se colocado na falta de empenho político, em que as leis não são respeitadas por quem tem responsabilidade de liderar e dar exemplo.

“É ridículo os autores da corrupção realizarem debate público sobre este grande mal, a corrupção, mas as reais medidas para extirpar esta doença, não passarem do marketing político”, ironizou, sublinhando que o país carece de medidas de governação reais, efectivas e eficazes que tardam a chegar.

Em relação ao OGE 2018, Adalberto Costa Júnior disse esperar que o mesmo venha com reforço de verbas para a educação, saúde, para o sector produtivo, bem como para a realização das eleições autárquicas.

Acompanhe aqui na página da Rádio Angola as declarações de Adalberto Costa Júnior: