Sindica Dokolo denuncia que sua esposa tornou-se vítima de perseguição política por tentar “desmantelar teia da corrupção” na Sonangol

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O empresário Sindika Dokolo considera “estranho” que a sua esposa, empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente da República tenha sido a única gestora que passou pela petrolífera Sonangol, a ser “indiciada pelo crime de gestão danosa da empresa”.

Rádio Angola

Em entrevista concedida nesta sexta-feira, 26/06, à Rádio “MFM”, Sindika Dokolo, que com a sua mulher enfrenta um processo de arresto dos seus bens em consequência de uma providência cautelar emitida em Dezembro do ano passado pelo Tribunal Provincial de Luanda (TPL) denunciou que, Isabel dos Santos “não está a ser nada mais do que vítima de perseguição política” pelo, facto de, durante o seu consulado de dois anos como Presidente do Conselho da Administração da Sonangol, “ter descoberto e tentado organizar buracos financeiros deixados pelos anteriores gestores da Sonangol”.

Sindica Dokolo que considerou um paradoxo a substituição de Isabel dos Santos na Sonangol pelos anteriores gestores suspeitos de terem defraudado o Estado, lembrou que a sua mulher só aceitou assumir o risco político de liderar a empresa que produz a maior parte da riqueza dos angolanos, dias antes da reforma política do seu pai, José Eduardo dos Santos, por na altura ter acreditado que “contaria com o apoio dos seus camaradas de partido, o MPLA e do Governo”.

Nesta entrevista, Sindika Dokolo afirmou que o facto de ter casado com a filha do ex-Chefe de Estado não lhe permitiu aceder à facilidades aos negócios e denunciou que não conhece em Angola, “nenhum governante que consiga justificar o seu património com salário.

O marido de Isabel dos Santos disse que as acções contra a sua mulher estão a ser orientadas supostamente pelo Presidente da República, João Lourenço, aquém acusou de ter “conseguido todo o seu património, incluindo casas localizadas nos Estados Unidos de América conseguidos a custa da corrupção”.

Durante a entrevista Sindika explicou que a luta contra a corrupção em Angola não funcionou e que agora deve haver um consenso, pois, para o empresário a “prioridade agora é a luta contra o desemprego”, considerou.

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