RETORNAM MORTES “MISTERIOSAS” DE MULHERES NA REGIÃO DAS LUNDAS

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Uma mulher de 53 anos de idade, foi encontrada morta com sinais de tortura e cordas no pescoço numa lagoa perto da sua lavra, no sector de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte.

Rádio Angola

A Rádio Angola sabe que de fonte familiar que a camponesa deslocou-se à lavra na manhã de sábado, 20/07, como era o seu costume, com o propósito de ir a busca de sustento diário e não mais voltou à casa.

Os familiares foram a procura da dona Wivina Tela e para o espanto da comunidade, a mesma foi encontrada numa lagoa sem vida, isto cinco dias depois do seu desaparecimento, apresentando sinais de tortura e cordas penduradas no pescoço, acção segundo os familiares, terá sido protagonizada por elementos malfeitores até ao momento não identificados.

O facto que chocou a população local, está a provocar pânico no seio dos populares que manifestam um elevado sentimento de insegurança na zona.

A população suspeita que este primeiro caso de homicídio ocorrido neste ano contra uma mulher, seja o retorno de vários outros episódios de ataques mortíferos registados com gravidade pelas autoridades em 2012 em que as vítimas, geralmente do sexo feminino, eram descobertas em locais poucos frequentados por populares sem os órgãos genitais.

Carlos Ngangula, irmão da vítima, lamentou a forma como a sua irmã foi assassinada pelos “malfeitores” que lançaram o seu corpo numa lagoa. “Ela foi torturada até a morte”, disse, acrescentando que “tinha vestígio de corda nos pulsos das duas e cordas no partido”.

O activista cívico e defensor dos direitos humanos, Jordan Muacabinza apela a intervenção urgente do Presidente da República, João Lourenço com vista a se garantir a tranquilidade às populações e que os presumíveis implicados sejam responsabilizados pelo crime cometido.

Em 2013, as autoridades locais chegaram a controlar as mortes mas nunca esclareceram as reais causas. Segundo administrador Municipal na altura “apenas 12 casos de senhoras mortas nas lavras tinha sido identificados, enquanto a sociedade civil falava em mais de 30 casos”.

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