Relatório da The Economist Inteligence coloca Angola na lista de países do mundo com ditaduras autoritárias

Compartilhe

Um relatório da The Economist Inteligence Unit da Inglaterra sobre o “Índice de Democracia Mundial” coloca Angola na lista dos 57 países do mundo classificados como “ditaduras autoritárias”.

Rádio Angola

No total são avaliados 167 países com base em critérios de processo eleitoral, operação governamental, participação política, cultura política e liberdades civis.

A Noruega lidera a lista dos países com “democracia plena” enquanto que a Coreia do Norte na posição mais alta dos “regimes autoritários”.

Para além de Angola, estão igualmente na categoria de ditaduras autoritárias da África Austral, o Zimbábue, Moçambique e a República Democrática do Congo (RDC).

Existente desde 2006, o Índice de Democracia Mundial (IDM) produz os seus estudos baseando em cinco variáveis para avaliar o sistema democrático de um país baseando-se nos seguintes pontos: Processo eleitoral, operação governamental, participação política, cultura política e liberdades civis.

Desta forma, o Estudo distingue entre países e territórios com “democracia plena”, “democracia imperfeita”, “regimes híbridos” e “regimes autoritários”, dependendo da pontuação geral obtida nas diferentes categorias avaliadas.

No mais recente relatório de 2020 da “The Economist”, o Estudo indica que existem atualmente 23 territórios no mundo com democracias plenas, 52 com democracias imperfeitas, 35 com regimes híbridos e 57 com autoritários. Apenas cerca de metade da população mundial, 49,4%, vive em democracia e apenas 8,4% reside em um território com “democracia plena”. Assim, mais de um terço da população mundial está sob regime autoritário, com grande parte na China.

A Noruega lidera a lista dos países com “democracia plena” enquanto que a Coreia do Norte na posição mais alta dos “regimes autoritários”. Para além de Angola, estão igualmente na categoria de ditaduras autoritárias da África Austral, o Zimbábue, Moçambique e a República Democrática do Congo.

Dos 167 países incluídos neste estudo, quase 70% (116 territórios), registraram queda em sua pontuação total em relação à obtida em 2019. Apenas 22,6%, 38 países, melhoraram seus níveis democráticos e 13 permaneceram nos mesmos níveis como no ano passado.

Coreia do Norte, o regime autoritário mais perigoso para a democracia

Por outro lado, a Coreia do Norte é o país que obteve a pontuação mais baixa, seguida pela República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Síria e Chade.

Nos últimos anos, retrocessos ocorreram em países muito importantes no cenário internacional, com democracias plenas. No entanto, em 2020, os golpes mais duros contra a democracia foram dados pelos países mais autoritários. Esses regimes aproveitaram a delicada situação de saúde para perseguir e reprimir vozes dissidentes e oponentes políticos.

A pontuação da África Subsaariana diminuiu 0,1 entre 2019 e 2020, para 4,16. Essa é de longe a pior pontuação registada pela região desde o início do índice, em 2006, quando atingiu 4,24.

Em 2020, o número de “regimes autoritários” nesta área aumentou para 24. Em outras palavras, o continente africano tem 55% das ditaduras mundiais.

O Oriente Médio e o Norte da África registaram o segundo maior declínio regional globalmente em 2020, com a pontuação média caindo de 0,09 para 3,44. A região parece estar perdendo tudo o que conquistou com a Primavera Árabe.

Em 2010, pouco antes, esses territórios obtiveram uma pontuação de 3,43 no Índice de Democracia. Apenas a Tunísia consolidou certos avanços democráticos, alcançando a classificação de ‘democracia imperfeita’ em 2014, com um aumento em sua pontuação de 3,06 em 2006 para 6,59 em 2020 (ante 6,72 em 2019).

Leave a Reply