RACISMO E DISCRIMINAÇÃO

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Quando li o que se passou com o Hossi, não estranhei. Eu, no dia 30 de Agosto, bem vestido, penso, mas por ser preto, talvez, fui, por uma negra, complexada, por opção, discriminado, no famoso HOTEL PRESIDENTE, em Luanda.

Texto de William Tonet | Jornalista e Jurista

Tinha uma reunião com cidadãos estrangeiros, que eu mesmo fiz as reservas, para lá se alojarem e enquanto aguardava a hora, quis ir a casa de banho. Dirigi-me a recepção pedindo a chave e o que a recepcionista me disse foi: só a podem utilizar os hóspedes… indagado perguntei a Tânia ou Sánia, não fixei bem o nome no cracha, se teria de o fazer no exterior, o que respondeu positivamente. Alegando que muitos a utilizavam para tomar banho: muitos quem? Os pretos, pois os negros como ela, recepcionista, têm água em casa e modos ocidentais. MENTIRA E BURRICE. Mas, esta é a cultura da nova gerência europeia do HOTEL PRESIDENTE, complexada e racista incubada. Eu não estava de chinelos, nem camisola. Ora isso, não foi mero acaso e, um meu amigo, sugeriu-me apresentar queixa, pois um hotel, não pode negar a utilização do WC para um cidadão fazer as necessidades biológicas, primárias.

Mas, hoje é assim, num hotel que sempre tive tão boas recordações, no futuro, será pior, pois o Presidente da República já deu carta branca, para os estrangeiros sozinhos virem, em força, investir, sem existência de regras.

Ora, se agora em empresas mistas é assim, com a maioria a serem dirigidas com e mentes estrangeiras, distantes da cultura angolana (dos seus vários povos), quando tiverem 100% de investimento, será a humilhação total e para os autóctones só os lugares menores, guardas, motoristas, empregadas de limpeza, recepcionistas (algumas vezes) e peixe e fuba pobre, se refilares.

Isso vivi eu, como chefe indígena, portando o meu tradicional chapéu. Os Nzambis despertaram do sono ofendidos, a multa do HOTEL PRESIDENTE, será alta, do tamanho da sua altura.

ABAIXO O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO.

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