Presidente do MPLA acusa oposição de ser promotora de violência no país e sem programa de governo

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O Presidente do MPLA, João Lourenço, apelou esta terça-feira, 5, em Ondjiva, província do Cunene, ao voto massivo da população nas Eleições Gerais previstas para Agosto de 2022.

Ao discursar na abertura da pré-campanha eleitoral do partido, disse precisar do voto massivo no MPLA, para dar continuidade ao programa iniciado no actual mandato.

Com a continuidade do referido programa, o líder do MPLA espera haver em Angola, nos próximos anos, mais hospitais, escolas, universidades e outras infra-estruturas para os municípios, bem como ultrapassar os desafios impostos pela seca no sul do país.

O candidato à Presidência do partido no poder fez estas afirmações no lançamento oficial da pré-campanha do MPLA, no qual prometeu dar uma “KO” à oposição, à qual acusou de estar por detrás da mobilização de jovens radicais para cometerem actos de vandalismo.

João Lourenço também reconheceu haver gestores que ainda mexem no erário público.

No seu discurso, ele começou, por fazer, o balanço dos cinco anos de mandato, com destaque para os investimentos feitos no sector social, reformas na economia e o combate à corrupção.

Neste último aspecto, na sua intervenção, Lourenço reconheceu que há gestores que metem mão no erário público.

“Temos de assumir que ainda há gestores que mexem no erário público, mas não com tanto descaramento com tanta falta de medo como era feito no passado”, acentuou o Presidente, para quem, no entanto, “o problema no passado não era só haver roubo haver corrupção, mais grave do que isso era a impunidade, ninguém fazia nada o que acabava por encorajar outros a fazerem o mesmo”.

Da covid-19 ao fim da impunidade

“Neste mandato demos passos importantes na luta contra a corrupção”, disse.

Apesar de dois anos marcados pelos efeitos da covid-19, João Lourenço disse que o seu Governo, mesmo com dificuldades, nunca deixou de investir no sector social.

“Nessas condições de covid-19 não deixamos de construir hospitais, de apetrechá-los devidamente, não deixamos de construir escolas, de apetrechá-las, fazendo com que deixasse de haver crianças a estudar debaixo de uma árvore e sentados numa lata de leite em pó a fazer de assento a fazer de carteira, fizemos bastante apesar da civid-19”, disse.

O Presidente da República destacou no mandato prestes a terminar as reformas no sector económico com o combate iniciado contra a corrupção e a diversificação da economia que segundo disse ser hoje um facto.

Pelas condições criadas no actual mandato e fruto dos projectos e programas em curso, João Lourenço disse acreditar que o partido está pronto para ir a exame nas próximas eleições.

Vitória por KO

“Como bons alunos que consideramos que nos preparamos suficientemente para este exame, estamos tranqüilos, vamos enfrentar o exame vamos enfrentar o júri que é o povo soberano na certeza de que esse júri vai nos dar uma boa nota”, disse num claro apelo ao voto para que, segundo ele, a oposição seja derrotada por KO.

“Tem de ser uma derrota grande. Tem de ser uma derrota que não permita à oposição levantar-se durante anos”, pediu o presidente do MPLA, sublinhando que “há várias formas de ganhar no ringue, mas a melhor é dar um KO”.

Na sua intervenção, Lourenço acusou a oposição de estar por detrás da mobilização de jovens radicais para cometerem actos de vandalismo acusando-a de desorganizada e fragilizada.

“Quando alguém recorre a golpes baixos é porque está fragilizado. Essa mobilização de jovens radicais para o vandalismo é um golpe baixo e não só, a oposição está tão fragilizada que até fazem mão de uma simples comissão instaladora que não está reconhecida como partido político, mas que age como tal em desrespeito ao Estado. Age como se tratasse de um partido político”, concluiu João Lourenço

No acto no Cunene, o Presidente da República e do MPLA esteve acompanhado dos 18 primeiros secretários provinciais, ou seja, todos os governadores das províncias.

Radio Angola

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