Presidente do MPLA acusa oposição de manobras dilatórias

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O presidente do MPLA, João Lourenço, acusou, neste sábado, em Saurimo, a oposição de fazer recurso a várias manobras dilatórias, na tentativa de derrubar o seu partido da governação.

João Lourenço discursava num acto político de massas nos arredores da cidade de Saurimo, província da Lunda Sul, que reuniu mais de 50 mil pessoas, entre militantes, simpatizantes e amigos do MPLA.

Exortou, na ocasião, os militantes e simpatizantes para um trabalho árduo, a fim de garantir a vitória do partido nas eleições de 24 de Agosto.

Notou que, mesmo fazendo recurso a alianças inimagináveis, a oposição não conseguiu derrubar o MPLA pela força das armas, durante 27 anos consecutivos, nem pela via eleitoral.

“Fizeram as piores alianças imagináveis; até ao regime do apartheid que oprimia os africanos a oposição angolana teve o descaramento de se aliar, mas não venceram”, vincou o líder do MPLA.

Segundo João Lourenço, a oposição concluiu que lutando individualmente contra o MPLA não vai chegar ao poder e “agora entenderam juntar-se e esvaziaram alguns partidos”.

Caminho-de-ferro

O presidente do MPLA anunciou, a construção de uma nova linha-férrea que vai ligar Benguela a Saurimo, capital da província da Lunda-Sul.

Informou que, a exemplo do que se vai fazer com a construção do ramal Luacano /Zâmbia, pode-se resolver perfeitamente, mediante estudos, a ligação do caminho-de-ferro de Benguela a Saurimo.

Fez saber que o Executivo já está a trabalhar nessa possibilidade. “Acreditamos que, logo no início do (próximo) mandato, teremos boas novidades sobre a possibilidade de começarem as obras de ligação de Saurimo ao caminho-de-ferro de Benguela”, disse.

João Lourenço, anunciou, também, a conclusão, em Agosto de 2023, das obras de reabilitação da Estrada Nacional 230 (EN-230), que liga o litoral à província da Lunda-Sul.

Realçou que o Executivo está empenhado também em recuperar outras vias, para facilitar a ligação entre municípios e províncias vizinhas, com destaque para os troços Saurimo/Dala/Moxico e Saurimo/Lucapa.

Reforçou que para que isso se torne realidade é necessário que o MPLA continue no poder. “Só o MPLA é que pensa seriamente na resolução dos grandes problemas do povo”, vincou.

Campus Universitário de Saurimo

Falou ainda da construção de um Campus Universitário na cidade de Saurimo, cujo lançamento da primeira pedra foi feito há dias pela ministra do Ensino Superior, bem como de um Centro Geocientifico (para estudar os recursos minerais do país), que vai gerar mais postos de trabalho para a juventude.

Disse que o Executivo está empenhado em criar emprego nessa região do país, para tirar o melhor proveito possível dos enormes recursos minerais de que esta parcela do território nacional dispõe.

Transparência de governação

Bastante ovacionado, o líder do MPLA lembrou que desde o início do mandato que o Executivo procurou imprimir transparência na governação, no geral, em particular no sector mineiro diamantífero, lembrando foi posto fim ao monopólio da comercialização dos diamantes.

Notou que, actualmente, os investidores detentores minas de produção de diamantes têm a liberdade de comercializar, eles próprios, uma grande percentagem do que produzem e a outra é que vendem à SODIAM, que é uma empresa pública.

João Lourenço lembrou que antes eram obrigados a vender tudo à SODIAM “e, como se não bastasse, a SODIAM também tinha um cliente exclusivo”.

Aclarou que o Governo que dirige está para servir a maioria e “não meia duzia de pessoas que pensam que têm mais direitos do que os 30 milhões de angolanos”.

Ainda no que à transparência diz respeito, disse que o país tomou a iniciativa de se filiar a uma organização Internacional denominada Iniciativa da Transparência nas Indústrias Extactivas, tendo sido admitido nessa família, recentemente, em Bruxelas, Bélgica.

Segundo o Presidente João Lourenço, este é um passo muito importante que o país acaba de dar para imprimir maior transparência nos negócios dos diamantes, do petróleo, do gás, do ferro, do ouro, do cobre, entre outros.

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