Presidente da UNITA denuncia uso de meios do Estado pelo MPLA a favor do candidato João Lourenço

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, denunciou o favorecimento que está a ser dado ao MPLA pelas instituições do Estado angolano, quando faltam poucos dias para a realização das eleições gerais.

Adalberto Costa Júnior, que discursava no encontro mantido este sábado, 16, com a juventude de diferentes extratos sociais, no complexo Sovsmo, em Viana, reforçou que, “a uma semana do arranque da campanha eleitoral, o MPLA continua a usar e abusar dos meios públicos em vésperas de eleições”.

No seu discurso, Adalberto Costa Júnior queixou-se de alegada perseguição das autoridades angolanas nas suas deslocações ao estrangeiro, tendo acusado o Governo de falta de programa viável.

O líder da UNITA lamentou também a perseguição das autoridades angolanas a sua visita a Cabinda, tendo aconselhado o MPLA a “descansar”, garantindo que o seu partido vai cuidar bem dos angolanos, sobretudo a juventude.

O candidato da UNITA ao cargo de Presidente da República, nas eleições de 24 de Agosto causou o Governo de, diariamente impor a censura dos partidos políticos na oposição nos órgãos de comunicação social públicos.

Adalberto Costa Júnior que acusou ainda o MPLA de ter investido fortemente para a anulação do congresso, que em 2019, o elegeu pela primeira ao cargo de Presidente da UNITA, disse que acabou por ser reeleito em dezembro de 2021 por causa da vontade da Juventude ansiosa em concretizar a alternância do poder.

O presidente da UNITA criticou “excessivos” poderes do Presidente da República, sublinhando que o país é governado por uma pessoa que se confunde com “Deus”.

Adalberto Costa Júnior atirou-se também contra as políticas económicas do país, que no seu entender criam enormes obstáculos aos investidores nacionais e internacionais.

Em relação à justiça, o Presidente da UNITA acusou o Tribunal Constitucional de não estar à altura dos desafios do país, salientando que a sua formação partidária “tem reclamado às violações sistemáticas na justiça, mas sem sucesso”.

Adalberto Costa Júnior partilhou ainda com a juventude pedaços da conversa que manteve com o Presidente da república, durante a reunião do conselho da república, tendo-o alertado para mudança de actuação na gestão da coisa pública.

Quanto às eleições gerais do dia 24 de Agosto deste ano, Adalberto Costa Júnior, acusou o MPLA de tentar a desencorajar a população ao voto com discurso que anunciam a sua vitória antecipada socorrendo-se ao slogan “Já está”.

Adalberto Costa Júnior alertou que, ninguém vai aceitar resultados eleitorais fraudulentos, prometendo a população que o seu partido saberá responder a altura a confiança as urnas.

O presidente da UNITA exortou a população a aderir massivamente às eleições, apelando-a também a fiscalizar o seu voto nas mesas de votação.

Adalberto Costa Júnior denunciou que, o Governo angolano está investir seriamente na corrupção eleitoral, distribuindo dinheiro aos delegados de listas em troca das actas sínteses.

Adalberto Costa Júnior disse que o seu Partido não vai aceitar a não publicação dos cadernos eleitorais nos prazos estabelecidos por Lei, isto é trinta dias antes das eleições, apelando a juventude a usar o direito a manifestação para exigir o cumprimento da Lei.

O líder da UNITA, que se comprometeu ainda continuar com o trabalho de educação cívica da população, disse que nestas eleições o seu partido “não vai tolerar manobras vistas nas eleições anteriores sublinhando que, a UNITA está preparada para desmontar a fraude”.

Assegurou que o seu vai partido vai defender a democracia com disciplina e tolerância, reforçando a denuncia da existência de um plano violento do MPLA contra a população para em seguida culpabilizar a UNITA.

O líder da UNITA repudiou a colocação em prontidão de militares do exército em vésperas de eleições, referindo que a manutenção da segurança e ordem pública é tarefa exclusiva da Policia Nacional e não aos efectivos das forças armadas angolanas.

O candidato nº3 no boletim de voto bateu seriamente na existência do esquema sangrento do MPLA contra a UNITA, apelando a população a não responderem a provocações.

No seu discurso, Adalberto Costa Júnior exigiu ainda a libertação de presos políticos, aos quais alegou existir em diferentes prisões do país. Disse que os presos políticos continuam detidos para justificar a agenda de violência do MPLA.

Adalberto Costa Júnior prometeu para a próxima semana a publicação, nas redes sociais do manifesto e programa eleitoral da UNITA para que seja consultado por todos os cidadãos.

O líder da UNITA justificou a divulgação tardia dos programas do seu Partido, como uma estratégia para evitar cópias do adversário a semelhança do que aconteceu em 2017 com o seu programa do Governo Inclusivo e Participativo,GIP.

Adalberto Costa Júnior enumerou as atracções do programa governativo do seu partido para o quinquénio 2022/2027, realçando alterações profundas nos sectores económicos, empresariais, educação e saúde.

Disse que o seu partido não é favor dos monopólios na dinâmica da economia, garantindo que o país reúne condições para proporciona a economia um “novo fôlego”.

Adalberto Costa Júnior acusou ainda o Governo do MPLA agredir grosseiramente a juventude, negando-lhes emprego e oportunidades.

A finalizar, o líder da UNITA afirmou que a alternância de poder é possível, mas com o contributo da Juventude que não se corrompe com dinheiro público, tendo exortado a juventude a rejeitar aliciamentos e expor publicamente os seus mentores.

Disse que, do encontro que manteve esta manhã com as mulheres de vários segmentos sociais, recebeu a garantia de que, não faltará comida aos delegados de listas que vão trabalhar.

Radio Angola

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