Presidente da associação “Talahaly” quer apoio do Governo para actividades do campo

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O presidente da Associação dos Camponeses para o Desenvolvimento Agropecuária e Pesca Tlahaly (ACDAPTHT), na comuna dos Ramiros, distrito do Benfica, município de Belas, em Luanda, João Ferreira do Nascimento avançou que a sua instituição tem muitos projectos em carteira, mas que a sua concretização está dependente de apoio financeiro e material, com vista ao impulsionamento da agricultura no país.

Falando em conferência de imprensa, na última semanada sede da agremiação, à margem de um encontro de esclarecimentos dos associados sobre o objecto social da Associação dos Camponeses para o Desenvolvimento Agropecuária e Pesca Tlahaly (ACDAPTHT), reconhecida pelo Estado angolano desde 2010, João Ferreira do Nascimento, disse que a actividade começou a ser desenvolvida nos anos 90 e princípios de 2000.

Afirmou que, em Luanda, as actividades da organização não-governamental (ONG) são desenvolvidas na comuna dos Ramiros, mas a sua actuação é de âmbito nacional, pois segundo João Ferreira do Nascimento, “temos terras nas províncias do Kwanza-Norte, Bengo, Kuanza-Sul e Benguela, com a previsão de estender os nossos serviços para o Bié, Huambo e Kuando-Kubango, para fazer com que a associação brilhe”.

O responsável afirmou que o seu objecto social tem sido agropecuária, “mas também temos feito trabalhos de apoio às comunidades ajudando assim as pessoas mais necessitadas”.

“Realizamos acções de impacto social com assistências às comunidades afectas a associação com actos filantrópicos, bem como prevemos criar outras posições como centros de formação para formadores para assistentes sociais com vista a termos estabilidade económica”, disse.

Actualmente  ACDAPTHT controla cerca de 6 mil e 33 associados, e nesta altura, de acordo com o presidente da agremiação a falta de meios constitui um dos principais entraves para o contínuo trabalho da cooperativa que tem por finalidade contribuir para o bem-estar dos camponeses e não só.

Apontou a falta de água e máquinas para o trabalho de irrigação dos campos. “Em Luanda, por exemplo, temos muita água do rio Kwanza aqui perto, mas a falta de condições tem sido a maior preocupação”, lamentou João Ferreira do Nascimento, apesar dos vários apelos que disse terem sido feitos juntos dos órgãos competentes do Governo angolano, mas sem nenhum resultado.

Anunciou a existência de outros projectos em carteira para o benefício da Associação dos Camponeses para Desenvolvimento Agropecuário e Pesca Tlahaly (ACDAPTHT), que passarão pela construção do escritório da organização, uma escola do ensino geral e escolas de artes e ofícios.

Aos órgãos de comunicação social, o presidente da “Talahaly”, João Ferreira do Nascimento, denunciou a “invasão” das terras dos indefesos camponeses por parte pessoas que “gozam” de alguma influência na sociedade.

“Temos tido muitos problemas com os invasores, que pensam que todas as terras ao redor de Luanda são para a construção, principalmente as que ficam ao redor dos distritos e comunas, onde vejam que há mais facilidade de usurpação”, avançou, acrescentando que “às vezes surgem fardados com ameaças com o objectivo de invadir os terrenos dos camponeses”.

Assegurou que, com o Governo Provincial de Luanda (GPL), a parceria tem sido boa, mas lamentou o facto de que “sempre que solicita a intervenção da Polícia Nacional sobre determinados actos de invasão de terrenos de camponeses, nem sempre os órgãos de defesa e segurança aparecem”.

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