População de Cafunfo prepara manifestação contra assassinato de mulheres

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Mais um caso de violência no município do Cuango, foi registrado no dia 12, na vila de Cafunfo, em que uma camponesa foi morta na lavra, localizada no Kimango, sob o controlo pela segurança Kadyapemba, ao serviço da Sociedade Mineira do Cuango, por um suposto grupo de marginais ainda não identificado, por isso, os moradores na sua maioria mulheres, preparam uma manifestação de protesto nos próximos dias, para condenar tais actos e chamar atenção das autoridades competentes.

*Jordan Muacabinza|Cafunfo

É o segundo caso em menos de um mês no sector diamantífero. Desta vez, a “infeliz”, que atendia pelo nome de Teresa Henriques Mbunda, de 50 anos de idade, natural da comuna do Luremo, foi morta igualmente na sua zona de cultivo por homens até ao momento não identificados, no dia 12 de Outubro, que a semelhança da idosa, retiraram de igual modo os órgãos genitais da vítima.

Fonte deste portal revela que a mulher foi encontrada morta com vários sinais de espancamentos no rosto, amarrada e de seguida carbonizada num matagal.

“É a mais recente vítima de uma onda de homicídios contra camponesas na região”, disse um dos moradores para quem o regresso de assassinatos de mulheres preocupa a maioria da população da região, e pede a quem de direito o esclarecimento do fenómeno.

“A mãe apresentava sinais de queimadura, mutilação, golpes no corpo e nas pernas”, disse Jaime Alfredo (filho), que lamentou o sucedido com a progenitora que entende ser uma “morte vergonhosa, pois não percebo o pecado que cometeu para alguém se vingar dela dessa forma”, desabafou o filho, que exige que se faça justiça com vista a responsabilização dos supostos implicados.

Os habitantes apelam às autoridades locais no sentido de se averiguar com urgência essa situação, porquanto em menos de um mês foram registados dois casos de assassinatos e remoção de órgãos genitais.

Nos últimos anos, foram registados vários assassinatos de camponeses nesta área de conflito que obrigou o defensor de direito humanos e jornalista, Rafael Marquês de Morais, a escrever livro “Diamantes de Sangue, Tortura e Corrupção em Angola”.

Maior parte de casos de mortes acontecem em zonas de exploração de diamantes sob controlo da empresa de segurança privada “Kadyapemba”, que tem sido acusada de estar por detrás dos assassinatos de civis, cujos autores, segundo os activistas dos direitos humanos, “nunca foram foram responsabilizados.

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