Participantes à mesa redonda sobre liberdade religiosa apelam sensibilidade do Estado

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A Ordem dos Pastores Evangélicos (OPA) e o Conselho Islâmico de Angola (CIA) consideram que, a actual lei que regula actividade religiosa no país, não favorece a liberdade religiosa, por alegadamente “restringir” o exercício de um direito consagrado na Constituição da República.

Rádio Angola

A preocupação foi manifestada na mesa redonda promovida na passada quinta-feira, 23 de Setembro, pela organização não-governamental Friends of Angola (FoA), que visou reflectir a Liberdade Religiosa em Angola.

A ordem dos Pastores Evangélicos de Angola (OPA) entende que, a legislação em vigor no país, não favorece a liberdade de religião e culto, por na sua visão, “exigir requisitos exagerados” para o reconhecimento de uma igreja em Angola.

O reverendo Danilo Vicente, membros da OPA, defendeu, no entanto a revisão da lei, com vista a garantir a liberdade religiosa em Angola.

Para evitar ao que chama de promiscuidade de certo líderes religiosos que saem em defesa de cores partidárias, a Ordem dos Pastores Evangélicos, disse ser necessário a correcção das normas para permitir que a liberdade religiosa seja evidenciado.

O secretário-geral do Conselho Islâmico de Angola (CIA), David Alberto Já, lamentou o facto de, a lei em causa, agravar os requisitos para a legalização de uma igreja, o que não acontece no processo para o reconhecimento de partidos políticos.

A organização Friends of Angola, promotora da mesa redonda, manifestou a sua preocupação com as “restrições” de um direito consagrado na Constituição da República.

Segundo o director executivo da FoA, Florindo Chivucute, ao exigir sessenta mil assinaturas, cujo pagamento nos serviços notariados é de 2500 kwanzas, por cada assinatura, o que corresponde um total de 150 milhões de kwanzas, o Estado “impede” que o cidadão exerça a liberdade religiosa em Angola.

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