“Ordens para matar? Não, nem eu nem o Presidente” – Diz ministro do Interior
Finalmente, o Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, quebrou o silêncio (e ainda bem, a meu ver) para responder a uma corrente maldosa que, fim ao cabo, ocupa-se na “arte” de assassinar carácter, bom nome, brilho profissional e o bem-estar das pessoas e suas famílias.
Por: Pedro Kiala
Estas pessoas, todas conhecidas, nada mais fazem do que espalhar inverdades sobre actuações de instituições e de algumas pessoas individuais.
Uma das suas vítimas tem sido ultimamente, Eugénio Laborinho a quem atribuem ordens sobre os homicídios, muitos deles negligentes resultantes do erro policial, como o cometem médicos, jogadores, professores e outros profissionais nos mais variados ofícios da vida.
Visto e ponderado, eis que, o Ministro decidiu, e muito bem, pronunciar-se sobre o assunto. Para o dirigente, começo a citar, (…) é com muito orgulho que as forças de defesa e segurança, em especial a Polícia Nacional, estão na linha da frente, em defesa de um bem maior, a “vida”.
Pelo facto, reiteramos o nosso compromisso de tudo fazer para continuar a garantir a ordem e a segurança pública, bem como assegurar o cumprimento das medidas de prevenção nesta fase da situação de calamidade pública que o país atravessa.
Neste domínio, Laborinho disse reconhecer que registamos alguns factos de excesso de zelo por parte de alguns efectivos das forças de defesa e segurança que não podem manchar o bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela maioria, refiro-me as 4 mortes que ocorreram nas áreas do Rocha, Cazenga, Prenda e no mercado do peixe, em Benguela, pelo que, aproveito a oportunidade para, mais uma vez, endereçar os nossos sentimentos de pesar às famílias enlutadas, que podem ficar descansadas porque os autores de tais práticas estão a ser responsabilizados disciplinar e criminalmente.
Realçou que, nunca recebeu qualquer orientação do Presidente da República e Comandante em Chefe das FAA, nem nunca baixou, pessoalmente, qualquer orientação que convergisse para matar ou violentar fisicamente qualquer cidadão, porque o povo nunca foi e nunca será inimigo nem adversário das forças de defesa e segurança, pelo contrário, existimos para servir a sociedade.
Para mais, aproveitou, perfeitamente, o ensejo para orientar, no discurso, todos os membros dos órgãos executivos directos do MININT a não fazerem o uso de armas de fogo contra cidadãos indefesos, que não ofereçam qualquer perigo contra as forças de defesa e segurança.
Este instrumento letal só poderá ser utilizado em casos extremos, quando estiver em causa a integridade física ou vida dos efectivos e de cidadãos, ou seja, em situações de legítima defesa, sendo que, nestes casos, deverá ser feita de forma proporcional e adequada ao grau de ameaça.
Portanto, querer construir uma opinião pública neste sentido de mortes orientadas só pode ser entendimento de pessoas de má fé, como dissemos, inimigas de sucesso profissional dos outros.
É o mínimo que se pode concluir até porque quem acompanhou tais incidentes percebe que o seu “modus operandi” não se configura numa orientação superior. Aliás, a detenção dos mesmos, já comprovada pelos familiares é outro “item” suficientemente claro para que a ideia maligna espalhada não é nada mais do que a vontade de querer manchar a dignidade construída com muito sacrifício.