Casa de Eduardo dos Santos no Miramar em estado de abandono

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A residência pessoal do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos encontra-se em estado de abandono desde a sua saída do país a 16 de Abril de 2019.

O portal O Decreto apurou que, a última vez que a residência beneficiou de manutenção foi no início de Janeiro de 2020, pois a 10 de Janeiro deste ano, previa-se o seu regresso a Luanda, facto que não aconteceu até ao momento.

Sabe-se que, na altura, tinha sido feita uma limpeza geral do imóvel incluindo aos ares condicionados (AC) e as viaturas que tinham sido levadas à uma oficina em Viana para a devida manutenção.

“De lá para cá, nunca mais foi feita qualquer manutenção à casa do ex-Chefe de Estado”, disse a fonte próxima à família Eduardo dos Santos, para quem muita coisa por esta altura pode estar a deteriorar-se por não uso constante.

José Eduardo dos Santos deixou Luanda num “forte clima nebuloso” entre o actual Presidente da República de Angola, João Lourenço.

Na altura, João Lourenço acusou seu antecessor de ter deixado os “cofres do Estado vazios”, e em resposta, José Eduardo dos Santos esclareceu na ocasião que, “não deixei os cofres vazios”, tendo revelado que, com a sua retirada da liderança do país, “deixou 15 mil milhões de dólares nos cofres do Estado com reservas líquidas”.

Perante estas acusações e processos crimes contra seus filhos, Dos Santos, que durante 38 anos governou Angola de forma “ininterrupta” (1979 a 2017) decidiu viajar para Lisboa, com destino ao Reino de Espanha, onde supostamente teria efectuado diversos exames médicos e não mais regressou ao país.

Na época da viagem, informado de que José Eduardo dos Santos tinha escolho seguir a viagem pela companhia portuguesa TAP em detrimento de um voo protocolar atribuído pelo governo, João Lourenço telefonou para JES solicitando um encontro, pelo que lhe foi aceitado de urgência na residência do Miramar, na ocasião, o Presidente João Lourenço solicitou a Dos Santos, que não viajasse com o voo da TAP, mas sim aceitasse o voo da TAAG, companhia angolana que lhe seria atribuído para o efeito.

Em resposta, José Eduardo Santos “negou a oferta” de João Lourenço, fundamentando que, “se o país ficou com cofres vazios, não temos porque sacrificar mais o pouco que lá está para prejudicar o povo”.

Olhando pela insistência de Dos Santos em querer viajar pela TAP, João Lourenço orientou os serviços da presidência a publicar um extenso comunicado, onde descartavam qualquer responsabilidade ao governo angolano com tudo que viesse acontecer contra o antigo Presidente da República.

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