Militantes e simpatizantes da UNITA presos há três meses no Uíge ainda aguardam julgamento
Militantes e simpatizantes da UNITA presos na província angolana do Uíge a 22 de Março último após confrontos com elementos do MPLA, três dias antes em Sanza Pombo, continuam a aguardar julgamento.
O secretário provincial do principal partido na oposição e deputado pelo círculo eleitoral Felix Simão Lucas, confirmou à Voz de América que os detidos tinham ameaçado entrar em greve de fome para pressionar a Procuradoria da República a dar uma solução ao caso que se arrasta há cerca de três meses.
“Não há visitas até agora, mas de acordo com os contactos que têm sido feitos por via dos advogados, …..a greve de fome, era uma forma de pressionar a Procuradoria Geral da Republica para dar solução da situação e não devido à falta de alimentação como se falava”, disse, Lucas, acrescentando que os presos foram dissuadidos a não entrar em greve de fome porque isso poderia ter “outras consequências”.
Simão Lucas,considerou injustas as acções dos órgãos de justiça e do Governo e alertou que as mesmas podem colocar o país numa situação de instabilidade.
“Qualquer país que anda dessa forma criando descriminação, exclusão, sem justiça, de certa forma não encontra estabilidade nenhuma, em qualquer parte do mundo, até pode criar demonstrações militares como estamos ver aí, mas isso tudo não traz tranquilidade e não tras paz de qualquer um que seja”, acrescentou o deputado.
O MPLA, continua a considerar os acontecimentos de Sanza Pombo, que resultou na detenção dos 19 militantes amigos e simpatizantes da UNITA, como sendo o resultado de actos de vandalimo daquelas pessoas, actos esses que resultaram no ataque a um edifício do MPLA, mas a UNITA refuta os argumentos dos camaradas.